sábado, 8 de dezembro de 2012

VEJA OS CUIDADOS ANTES DE UMA PLÁSTICA...


FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.

    

Ingerir remédios para emagrecer ou anabolizantes, fumar maconha e cheirar cocaína ou fazer uso de outras drogas podem provocar reação adversa para quem vai se submeter a uma cirurgia plástica.

A advertência é do médico Geza Urmenyi, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – seção Bahia (SBCP), que também cita duas atitudes fundamentais para quem vai se submeter à cirurgia: escolha de profissional habilitado e fazer em clínica licenciada pela Anvisa e pelo Conselho Regional de Medicina (Cremeb).

O assunto tem sido explorado pela mídia devido à morte recente (1º /12) da Miss Jataí Turismo 2012 Louanna Adrielle Castro Silva, 24 anos, depois de fazer cirurgia para colocar prótese de silicone no seio, sofrendo parada cardíaca durante o procedimento cirúrgico. O laudo que indica a causa da morte foi emitido pelo Hospital Monte Sinai e diz que a jovem era usuária de entorpecentes e, por esse motivo, teria sofrido as paradas cardíacas

Para Geza Urmenyi, a maioria dos casos de cirurgias mal-sucedidas ocorre porque o paciente fez uso destas drogas e não avisou ao médico antes de se submeter ao procedimento, ou acontece quando o profissional não é cirurgião especializado e faz a cirurgia plástica, o que não foi o caso do médico que atendeu a miss.

De acordo com o especialista, dados de São Paulo, estado onde mais se realizam este tipo de tratamento, mostram que “94% dos casos que ocorrem alterações nos paciente foram realizados por médicos que não são cirurgiões plásticos”, assegurou. Ele disse que não tem estes dados aqui na Bahia, mas os casos mais recentes em que pacientes tiveram problemas, estes foram submetidos por não-cirurgiões plásticos.

Em relação ao espaço onde deve ser realizada a cirurgia, o presidente da SBCP-Bahia foi categórico: “Não pode operar em consultório. Isto é proibido. Tem que ser em clínica especializada e o anestesista deve fazer parte da equipe. Outro dia vi um canal de televisão daqui apresentando um dermatologista fazendo uma lipoaspiração no consultório. Neste caso, a mídia é co-responsável”, declarou.

Em relação à Anvisa, o médico disse que só libera a licença para a clínica se estiver de acordo com todas as normativas propostas pela agência e pelo Cremeb e de seis em seis meses fiscaliza as clínicas. “A cirurgia plástica nos últimos três anos vem trabalhando e estudando para proporcionar cada vez mais segurança para o paciente. É um dos procedimentos mais seguros”, pontuou Geza Urmenyi.

Cremeb orienta como proceder.

O médico Otávio Marambaia, diretor do Cremeb, afirma que os pacientes que queiram realizar uma cirurgia plástica devem proceder da seguinte forma: “Primeiro é fazer a escolha profissional, alguém da família, amigo ou conhecido já tenha se submetido. Segundo é saber se realmente o médico é um cirurgião plástico, se tem o título. E terceiro, dependendo da extensão do procedimento não pode ser feito em local não apropriado, o paciente deve checar se a clínica possui registro no Cremeb e licença da Anvisa”, aconselha.

Marambaia não tem dados recentes sobre acidentes ocorridos durante a cirurgia plástica no estado, mas adiantou que as cinco áreas médicas com maiores queixas de problemas são obstetrícia e ginecologia, oftalmologia, ortopedia e cirurgia plástica, que não é a mais grave. “ A cirurgia plástica junto com as cinco primeiras está porque envolve a subjetividade da imagem, consequentemente se encontra entre as denúncias mais graves”, explicou.

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