FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
A juventude precisa de oportunidades e qualificação para conseguir uma sonhada vaga no mercado de trabalho. Um dos maiores desafios para o governo é lidar com o desemprego crescente da juventude brasileira, na faixa de idade entre 15 e 29 anos, que totaliza um contingente de 50,2 milhões de pessoas no país, ou seja, 26,4 % da população do país. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 16 a 20 anos o desemprego atinge a 20% da população, e de 21 a 29 anos fica em 11%.
Um dos fatores que mais contribui para esse quadro é a falta de qualificação profissional. Por isso, o governo do estado está implementando políticas públicas que favoreçam a empregabilidade dos jovens por meio de cursos de formação e qualificação em parceria com o governo federal. No enfrentamento desse desafio, este ano 100 mil jovens baianos vão passar por cursos de formação profissional e educação profissionalizante.
Na semana passada, ao participar da solenidade de 290 alunos de cursos profissionalizantes, o governador Jaques Wagner ressaltou a demanda cada vez maior de qualificação profissional. “Não adianta qualificar sem expectativa de trabalho, eu creio seguramente que estes jovens serão absorvidos”, disse Wagner ao assinalar o crescimento do mercado de trabalho nas áreas técnicas de nível médio a partir das obras e empreendimentos gerados pelo Plano de Aceleração de Crescimento (PAC).
MAIS VAGAS - A Bahia comemora um aumento de 1.000% na oferta de vagas da educação profissional nos últimos quatro anos. Em 2006, a rede estadual oferecia apenas 4.016 vagas e em 2010 já são 40.100 matriculados. A meta é chegar ao final do ano com 42 mil estudantes matriculados. O resultado tornou-se possível devido a um conjunto de ações que vem sendo desenvolvido com a implantação do Plano de Educação Profissional da Bahia, que assume o trabalho como princípio educativo e está alinhado às demandas socioeconômicas e ambientais do estado.
Em 2007, foi implantada a Superintendência de Educação Profissional, que aproveitou estruturas ociosas da rede, criou oito Centros Estaduais e 27 Centros Territoriais de Educação Profissional, expandindo a oferta de vagas e de cursos na capital e interior. Com isso, o número de cursos pulou de 15, em 2006, para 69, em 2010, e o de municípios atendidos saltou de 22, em 2006, para 104, em 2010, distribuídos em todos os Territórios de Identidade.
ALGUNS PROGRAMAS.
Pro-Jovem – Também em 2010, o público jovem baiano contará com ações do projeto Pró-Jovem Trabalhador, resultado de um convênio entre a Setre e o Ministério do Trabalho e Emprego e tem por meta atender a 10 mil pessoas em todo o estado nas áreas de administração, agro-extrativismo, alimentação, arte e cultura, comunicação, construção civil, esporte e lazer, metal mecânica, pesca, piscicultura, turismo e vestuário.
Podem participar do programa, jovens com idade entre 18 e 29 anos, desempregados, pertencentes a famílias com renda per capita de até um salário mínimo. É também requisito que o jovem esteja cursando ou tenha concluído o ensino fundamental ou ensino médio, mas que não esteja cursando ou que não tenha concluído o ensino superior.
Trilha-Setre – Até o final do ano, o Programa Trilha-Setre vai qualificar 15 mil jovens, em 97 municípios baianos, com idade entre 18 e 29 anos, beneficiários do Programa Bolsa Família. O Trilha estimula o empreendendorismo e a geração de renda em atividades alternativas, além de buscar a inserção dos jovens qualificados no mercado de trabalho formal com o apoio do SineBahia.
O Trilha oferece cursos grátis, com carga horária de 350 e 600 horas, montados de acordo com o perfil e a necessidade de cada região do estado. Os jovens participantes recebem mensalmente uma bolsa-auxílio no valor de R$ 100. À disposição dos jovens está um “leque de oferta” com 13 cursos profissionalizantes nas áreas de agro-extrativismo, meio ambiente, saúde e qualidade de vida, turismo e hospitalidade, alimentação, transporte, administração e vestuário, com carga horária de 350 horas. Nas áreas de metal-mecânica, construção civil e telemática, a carga horária é de até 600 horas.
Juventude Cidadã – A qualificação de 10.561 jovens inscritos no projeto Juventude Cidadã foi feita pela Setre entre 2008 e 2009. Além da capital, o projeto atendeu jovens de 58 municípios baianos, com idade entre 16 e 24 anos, proporcionando a qualificação socioprofissional, reforço escolar e ações de serviço social voluntário. Todos pertencentes a famílias com renda mensal de até meio salário mínimo.
O projeto, que terá continuidade este ano, integra as ações do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego (PNPE), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e na Bahia, é coordenado pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).
MUDANÇAS SOCIAIS.
Para o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, o desemprego entre os jovens é decorrente de mudanças pontuais ocorridas ao longo dos anos na sociedade brasileira, a exemplo da maior inserção da mulher no mercado de trabalho, do aumento da expectativa de vida da população, de uma maior permanência dos trabalhadores aposentados nos postos de trabalho, devido à baixa remuneração. Soma-se a isso, explica o secretário, ao crescimento da população jovem e à falta de experiência profissional desse público.
Para minimizar esse problema, é que programas de qualificação têm sido desenvolvidos especialmente para esse segmento. Na área do trabalho, o Governo do Estado, por meio da Setre, atende com o Programa Trilha/Setre um público na faixa entre 16 e 29 anos, beneficiária do Programa Bolsa Família, em situação de desemprego involuntário e que estuda ou estudou em escolas da rede pública.
O secretário Nilton Vasconcelos destaca os dois primeiros meses de 2010, que totalizaram 20.512 novos empregos na Bahia, acumulando 20.543 vagas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Somente em fevereiro, o estado criou 6.088 novos postos de trabalho, número 14 vezes superior ao registrado em fevereiro de 2009 e duas vezes maior que o melhor saldo de toda a série histórica do Caged neste período. Outro dado importante foi o anúncio, feito pelo Ipea, de que a Bahia deverá gerar, este ano, 83 mil novos postos de trabalho.
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: NOVOS RUMOS.
Com a criação do Plano de Educação Profissional, lançado em 2008, aproximadamente 15 mil estudantes foram matriculados em 33 tipos de cursos, realizados em 38 municípios, sendo que em cada um dos 26 Territórios de Identidade foi implementado pelo menos um curso de Educação Profissional (EP). A partir de um convênio de R$ 57 milhões com o governo federal, por meio de adesão ao Programa Brasil Profissionalizado, foram instituídos os Centros Estaduais e Territoriais de Educação Profissional.
Só em 2009, 30 mil matrículas foram realizadas em 51 destes cursos profissionalizantes, oferecidos em 113 unidades escolares de 83 municípios. Os cursos são reconhecidos legalmente, com validade nacional. Em paralelo, são elaboradas diretrizes para estágio nos cursos técnicos e se inicia a formação de coordenadores técnicos e professores.
Neste ano, serão oferecidas 40,1 mil vagas e 101 cursos serão reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC). De acordo com a Secretaria de Educação, mais 40 cursos estão em fase final de avaliação e serão implantados oito Centros Estaduais e 27 Territoriais de Educação Profissional. O MEC liberou R$ 28 milhões em ampliação e reforma das unidades escolares.
Segundo balanço divulgado pela secretaria, os investimentos em educação profissional, entre 2008 e 2010, são de R$ 14,1 milhões, repassados para 107 unidades escolares. O Programa Brasil Profissionalizado viabilizou o aporte de R$ 5,1 milhões em equipamentos e acervo, em contrapartida com os R$ 4,6 milhões do Governo da Bahia.
A juventude precisa de oportunidades e qualificação para conseguir uma sonhada vaga no mercado de trabalho. Um dos maiores desafios para o governo é lidar com o desemprego crescente da juventude brasileira, na faixa de idade entre 15 e 29 anos, que totaliza um contingente de 50,2 milhões de pessoas no país, ou seja, 26,4 % da população do país. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 16 a 20 anos o desemprego atinge a 20% da população, e de 21 a 29 anos fica em 11%.
Um dos fatores que mais contribui para esse quadro é a falta de qualificação profissional. Por isso, o governo do estado está implementando políticas públicas que favoreçam a empregabilidade dos jovens por meio de cursos de formação e qualificação em parceria com o governo federal. No enfrentamento desse desafio, este ano 100 mil jovens baianos vão passar por cursos de formação profissional e educação profissionalizante.
Na semana passada, ao participar da solenidade de 290 alunos de cursos profissionalizantes, o governador Jaques Wagner ressaltou a demanda cada vez maior de qualificação profissional. “Não adianta qualificar sem expectativa de trabalho, eu creio seguramente que estes jovens serão absorvidos”, disse Wagner ao assinalar o crescimento do mercado de trabalho nas áreas técnicas de nível médio a partir das obras e empreendimentos gerados pelo Plano de Aceleração de Crescimento (PAC).
MAIS VAGAS - A Bahia comemora um aumento de 1.000% na oferta de vagas da educação profissional nos últimos quatro anos. Em 2006, a rede estadual oferecia apenas 4.016 vagas e em 2010 já são 40.100 matriculados. A meta é chegar ao final do ano com 42 mil estudantes matriculados. O resultado tornou-se possível devido a um conjunto de ações que vem sendo desenvolvido com a implantação do Plano de Educação Profissional da Bahia, que assume o trabalho como princípio educativo e está alinhado às demandas socioeconômicas e ambientais do estado.
Em 2007, foi implantada a Superintendência de Educação Profissional, que aproveitou estruturas ociosas da rede, criou oito Centros Estaduais e 27 Centros Territoriais de Educação Profissional, expandindo a oferta de vagas e de cursos na capital e interior. Com isso, o número de cursos pulou de 15, em 2006, para 69, em 2010, e o de municípios atendidos saltou de 22, em 2006, para 104, em 2010, distribuídos em todos os Territórios de Identidade.
ALGUNS PROGRAMAS.
Pro-Jovem – Também em 2010, o público jovem baiano contará com ações do projeto Pró-Jovem Trabalhador, resultado de um convênio entre a Setre e o Ministério do Trabalho e Emprego e tem por meta atender a 10 mil pessoas em todo o estado nas áreas de administração, agro-extrativismo, alimentação, arte e cultura, comunicação, construção civil, esporte e lazer, metal mecânica, pesca, piscicultura, turismo e vestuário.
Podem participar do programa, jovens com idade entre 18 e 29 anos, desempregados, pertencentes a famílias com renda per capita de até um salário mínimo. É também requisito que o jovem esteja cursando ou tenha concluído o ensino fundamental ou ensino médio, mas que não esteja cursando ou que não tenha concluído o ensino superior.
Trilha-Setre – Até o final do ano, o Programa Trilha-Setre vai qualificar 15 mil jovens, em 97 municípios baianos, com idade entre 18 e 29 anos, beneficiários do Programa Bolsa Família. O Trilha estimula o empreendendorismo e a geração de renda em atividades alternativas, além de buscar a inserção dos jovens qualificados no mercado de trabalho formal com o apoio do SineBahia.
O Trilha oferece cursos grátis, com carga horária de 350 e 600 horas, montados de acordo com o perfil e a necessidade de cada região do estado. Os jovens participantes recebem mensalmente uma bolsa-auxílio no valor de R$ 100. À disposição dos jovens está um “leque de oferta” com 13 cursos profissionalizantes nas áreas de agro-extrativismo, meio ambiente, saúde e qualidade de vida, turismo e hospitalidade, alimentação, transporte, administração e vestuário, com carga horária de 350 horas. Nas áreas de metal-mecânica, construção civil e telemática, a carga horária é de até 600 horas.
Juventude Cidadã – A qualificação de 10.561 jovens inscritos no projeto Juventude Cidadã foi feita pela Setre entre 2008 e 2009. Além da capital, o projeto atendeu jovens de 58 municípios baianos, com idade entre 16 e 24 anos, proporcionando a qualificação socioprofissional, reforço escolar e ações de serviço social voluntário. Todos pertencentes a famílias com renda mensal de até meio salário mínimo.
O projeto, que terá continuidade este ano, integra as ações do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego (PNPE), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e na Bahia, é coordenado pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).
MUDANÇAS SOCIAIS.
Para o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, o desemprego entre os jovens é decorrente de mudanças pontuais ocorridas ao longo dos anos na sociedade brasileira, a exemplo da maior inserção da mulher no mercado de trabalho, do aumento da expectativa de vida da população, de uma maior permanência dos trabalhadores aposentados nos postos de trabalho, devido à baixa remuneração. Soma-se a isso, explica o secretário, ao crescimento da população jovem e à falta de experiência profissional desse público.
Para minimizar esse problema, é que programas de qualificação têm sido desenvolvidos especialmente para esse segmento. Na área do trabalho, o Governo do Estado, por meio da Setre, atende com o Programa Trilha/Setre um público na faixa entre 16 e 29 anos, beneficiária do Programa Bolsa Família, em situação de desemprego involuntário e que estuda ou estudou em escolas da rede pública.
O secretário Nilton Vasconcelos destaca os dois primeiros meses de 2010, que totalizaram 20.512 novos empregos na Bahia, acumulando 20.543 vagas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Somente em fevereiro, o estado criou 6.088 novos postos de trabalho, número 14 vezes superior ao registrado em fevereiro de 2009 e duas vezes maior que o melhor saldo de toda a série histórica do Caged neste período. Outro dado importante foi o anúncio, feito pelo Ipea, de que a Bahia deverá gerar, este ano, 83 mil novos postos de trabalho.
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: NOVOS RUMOS.
Com a criação do Plano de Educação Profissional, lançado em 2008, aproximadamente 15 mil estudantes foram matriculados em 33 tipos de cursos, realizados em 38 municípios, sendo que em cada um dos 26 Territórios de Identidade foi implementado pelo menos um curso de Educação Profissional (EP). A partir de um convênio de R$ 57 milhões com o governo federal, por meio de adesão ao Programa Brasil Profissionalizado, foram instituídos os Centros Estaduais e Territoriais de Educação Profissional.
Só em 2009, 30 mil matrículas foram realizadas em 51 destes cursos profissionalizantes, oferecidos em 113 unidades escolares de 83 municípios. Os cursos são reconhecidos legalmente, com validade nacional. Em paralelo, são elaboradas diretrizes para estágio nos cursos técnicos e se inicia a formação de coordenadores técnicos e professores.
Neste ano, serão oferecidas 40,1 mil vagas e 101 cursos serão reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC). De acordo com a Secretaria de Educação, mais 40 cursos estão em fase final de avaliação e serão implantados oito Centros Estaduais e 27 Territoriais de Educação Profissional. O MEC liberou R$ 28 milhões em ampliação e reforma das unidades escolares.
Segundo balanço divulgado pela secretaria, os investimentos em educação profissional, entre 2008 e 2010, são de R$ 14,1 milhões, repassados para 107 unidades escolares. O Programa Brasil Profissionalizado viabilizou o aporte de R$ 5,1 milhões em equipamentos e acervo, em contrapartida com os R$ 4,6 milhões do Governo da Bahia.
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