FONTE: Tatiana Pronin, Editora do UOL Ciência e Saúde (noticias.uol.com.br).
Uma nova técnica cirúrgica para acabar com a hemorroida chega ao país. Criada por médicos italianos, a Desarterialização Hemorroidária Transanal guiada por Doppler (THD) é realizada sem cortes, o que permite um pós-operatório praticamente indolor e uma recuperação bem mais veloz. Por enquanto, o único centro a utilizar o procedimento é o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Pelo menos metade da população vai sofrer de hemorroida em algum momento da vida. O problema é resultado da dilatação das artérias que ficam na região do ânus. Elas podem ser internas ou externas, causando dor, prurido e sangramento. Predisposição genética, dificuldades para evacuar e esforço físico excessivo podem deflagrar a doença.
Apesar do extremo incômodo, muita gente se recusa a procurar ajuda médica, por constrangimento ou por medo de ser operado. Nos casos mais simples, medicamentos, medidas ambulatoriais e mudanças na dieta são suficientes para conter o problema. Mas parte dos pacientes precisa ser submetida à operação. "A cirurgia convencional é realizada com a remoção dos vasos, o que causa dor no pós-operatório", diz o médico-cirurgião do Einstein Sidney Klajner.
O novo procedimento, indicado para hemorroidas internas, é feito com sedação ou anestesia raquidiana. Durante a cirurgia, um anuscópio é inserido no paciente e o Doppler (equipamento de ultrassom que mede o fluxo sanguíneo pelo som) identifica, pela pulsação, a artéria inchada. Com uma agulha que passa pelo interior do equipamento, o cirurgião costura a artéria em um ponto específico. Assim, o fluxo de sangue é reduzido e os sintomas desaparecem.
O paciente pode sair na manhã seguinte ou até no mesmo dia, retomando suas atividades. E não há necessidade de usar aquela almofada especial associada à hemorroida. A THD eleva em R$ 1.500 o custo da cirurgia, segundo Klajner.
Desde que a técnica foi registrada na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), dezesseis pacientes passaram pelo procedimento no Einstein. Mas a THD já é utilizada com sucesso, desde 2003, em países como Itália, Reino Unido e EUA.
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