sábado, 2 de outubro de 2010

PESQUISA APONTA 90% DE BAIANOS COM CELULAR...

FONTE: Karina Baracho, TRIBUNA DA BAHIA.
Falar é bom demais. Pelo menos é o que dizem os cerca de 12 milhões de usuários da telefonia celular na Bahia. Não é difícil encontrar um baiano com o aparelho, muitas vezes minúsculo. As conversas podem acontecer, nas ruas, em lojas comerciais, dentro do carro ou no transporte coletivo. De acordo com o Instituto Potencial, que realizou uma pesquisa, 89,7% da população soteropolitana tem pelo menos um aparelho móvel.
Conforme o estatístico e diretor do instituto, José Carlos Martins Leite, o uso do telefone móvel depende da situação financeira e cultural do baiano. “Em Salvador, a utilização da telefonia celular está fortemente relacionada com o grau de instrução e também apresenta correlação com a classe social. Na medida em que aumentam o nível de escolaridade e a classe social, cresce o número de usuários”.
Porém, o presidente da Associação de Lojistas de Celulares do Estado na Bahia, Luiz Reina, contestou o resultado da pesquisa. Segundo ele, este número está muito aquém da realidade baiana. Ele coloca em questão linhas que já não existem mais, além de não ser destacada a quantidade por pessoa, principalmente depois da possibilidade de trocar o número da linha apenas com um chip e de usar dois chips no mesmo celular.
Outro destaque de Reina é em relação à falta de limpeza e consequente atualização nos bancos de dados das empresas de telefonia celular. “Não fazem a limpeza da planta. Essa quantidade conta apenas com o número de chips, que aumentou com a proliferação de aparelhos com mais de um chip. Indicam-se muitos usuários, mas muitos não são efetivos”, destacou Reina.
Ele explicou ainda que apenas um usuário pode ter quatro chips, cada um com um número de uma das principais operadores que atuam no mercado nacional. “É muito difícil encontrarmos um soteropolitano apenas com um contato”, acrescentou Reina.
Outro destaque de Luiz Reina foi em relação aos aparelhos pré-pagos. De acordo com ele, entre quatro a seis por cento de pessoas que usam o aparelho possuem o sistema pós-pago, o famoso celular de conta, “já que o Brasil é um dos países que possuem as tarifas mais caras. A tarifa de deslocamento é outro absurdo. O consumidor brasileiro é muito explorado”, destacou ele.
Segundo Reina, em pouco tempo, o celular que já é multiuso e agrega diversas funções, vai se integrar a muito mais coisas, como a possibilidade de se ter TV a cabo daquele aparelhinho simpático. “E todas as outras parafernálias eletrônicas. Em muito pouco tempo, teremos também o DNA acoplado aos aparelhos. Mas o grande integrador disso tudo é a internet. É ela quem fez a grande evolução. Teremos um telefone útil em qualquer lugar do mundo”, concluiu.
A TENDÊNCIA É TER MAIS DE UM NÚMERO POR PESSOA.
Com quatro chips, o motorista de táxi Fernando Bastos, 41 anos, disse que nunca perde uma corrida por falta de contato. “Eles podem me ligar para qualquer número. Hoje em dia, as pessoas compram celulares por causa das promoções, dos bônus, então eu não tenho problemas com os meus clientes”.
O funcionário público Eduardo Miranda, 35 anos, também destacou a importância de ter uma segunda linha. “Tenho um número que passo para os amigos e uso para trabalho e um outro apenas para fazer ligação, esse eu mudo a depender das promoções que as empresas me oferecem”, disse ele, que afirmou mudar o segundo contato anualmente. “No tempo que costuma acabar as vantagens”, acrescentou.
Com quase 12 milhões de celulares no estado, somente 1,5 milhão são pós-pagos, conforme a pesquisa, a empresa de telefonia móvel líder de mercado tem como clientes 54,1% dos consumidores de Salvador. A segunda está 21,4 pontos percentuais atrás, com 32,7% dos usuários, e as terceira e quarta têm 23,1% e 14%, respectivamente.

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