FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Os hospitais conveniados ao SUS (Sistema Único de Saúde) estão sofrendo com o atraso no repasse da verba mensal para o setor, pelo Governo Federal, situação que aumenta a precariedade que já abala os pacientes que dependem do serviço.
Hospitais da rede ou conveniados estão à beira de um "apagão" por causa do atraso nas verbas necessárias para compra de medicamentos, materiais médico-hospitalares e pagamento de funcionários.
São R$ 2,5 bilhões para todo país que deveriam ter sido pagos no quinto dia útil de dezembro, mas até não foram repassados. Na Bahia, a situação aumenta as dificuldades das instituições de saúde, que também enfretam problemas de atrasos, glosas e defasagem nos valores por parte das Operadoras de Planos de Saúde.
Para o Estado, o valor esperado e que ainda não foi repassado pelo SUS é de aproximadamente R$ 50 milhões, comprometendo o atendimento em mais de 250 hospitais e clínicas. O atraso é no repasse de verbas feito pelo Governo Federal - que promete uma suplementação orçamentária de R$ 1,8 bilhão para dezembro – não sendo de responsabilidade dos municípios e do Estado a situação posta.
Com esta conjuntura, praticamente todos os municípios baianos estão sendo afetados pelo atraso, de acordo com o presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Ahseb), Marcelo Britto.
“Devido a esta situação ocorre o atraso no pagamento de funcionários, dos fornecedores e de impostos, comprometendo o funcionamento das instituições”, lamenta Britto, alertando que os hospitais e clínicas estão analisando a proposta de indicação de greve.
A Ahseb, como representante das instituições de saúde privadas do estado, está agendando assembleias para que seus associados possam debater a situação e definir as ações que serão tomadas caso o pagamento não seja efetivado.
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