FONTE: Amanda Mota, TRIBUNA D BAHIA.
Somente no Brasil, o número de obesos chega pelo menos a 3,5 milhões, e na Bahia são 90 mil obesos mórbidos, ou seja, pessoas com pelo menos 40 kg acima do peso ideal.
Para muitas dessas pessoas, a cirurgia bariátrica tem sido o tratamento médico mais indicado para a perda do peso em excesso, procedimento cirúrgico que pode até livrar os pacientes de doenças como a hipertensão arterial, diabetes, apneia do sono, colesterol e triglicérides elevados, distúrbios associados à obesidade.
Com tanta resposta positiva, a cirurgia bariátrica vem se tornando cada vez mais popular no país, registrando um aumento na última década de 500%, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. E foi através deste meio cirúrgico que o baiano Vinícius Crusoé, aos 20 anos, tem visto resultado da perda de peso e melhora de saúde: “Fiz a cirurgia em outubro e já perdi 18 kg.
Após diversas dietas sem êxito, não tive outra opção e hoje estou bastante satisfeito. A minha escolha não foi apenas pela autoestima e sim também pela saúde, pois minha família tem casos de obesidade, o que traz doenças hereditárias como a diabetes e problema cardiovascular. Hoje estou muito mais feliz e com a estima elevadíssima. Não me arrependo”, declarou.
Assim como o Crusoé, diversas pessoas obesas sofrem com problemas de saúde e, através da cirurgia, muitos são os benefícios. A hipertensão arterial pode melhorar de forma drástica – a maioria dos pacientes fica curada, já em outros o controle com medicação se torna mais fácil.
O colesterol e triglicérides elevados baixam de maneira significativa, a respiração melhora de forma extraordinária, assim como a síndrome da apneia do sono e a diabetes tipo II desaparece na maioria dos casos: “Todos esses benefícios são registrados após a cirurgia.
Vê-se, então, que, além de perder o peso, o paciente tem uma vida mais saudável além de elevar a estima, melhorar a aparência física e a qualidade de vida. A obesidade é uma epidemia do milênio. Não existem políticas públicas voltada para o tratamento desta doença e a sociedade baiana, por ser bastante sedentária, aumenta o índice.
A verdade é que vivemos o boom da obesidade”, afirmou o cirurgião de aparelho digestivo e especializado em cirurgia bariátrica João Ettiger, garantindo ainda que as crianças de hoje, por não terem o estímulo ao esporte ainda na escola, se tornam obesas: “É bom estar atento à alimentação, principalmente aos fast-foods, ou essas crianças obesas terão 80% de chances de se tornarem um adulto obeso”, advertiu.
Mas nem todos os pacientes são indicados a este tipo de cirurgia. A bariátrica é o último estágio do emagrecimento, segundo afirmou Ettiger: “Se a pessoa já tentou vários tipos de dietas, recorrendo a diversos profissionais, e não obteve êxito, aí sim ele pode começar a pensar na cirurgia, pois a bariátrica é um tratamento radical para uma doença mais radical ainda e está diretamente relacionada a mais de 100 tipos de doenças diferentes, inclusive a vários tipos de câncer”, concluiu. E este foi o caso da comerciante Mariete Pereira, que aos 43 anos, está com cirurgia marcada para dezembro.
NEM TODOS PODEM SER OPERADOS.
Os candidatos a este tipo de cirurgia têm que ter um índice de massa corporal (IMC) superior a 40 kg/m² (obesos mórbidos, superobesos) ou entre 35 e 40 kg/m² (obesos graves) na presença de doenças associada que pode ser melhorada com perda de peso.
Os candidatos a este tipo de cirurgia têm que ter um índice de massa corporal (IMC) superior a 40 kg/m² (obesos mórbidos, superobesos) ou entre 35 e 40 kg/m² (obesos graves) na presença de doenças associada que pode ser melhorada com perda de peso.
O mais interessante fica por conta dos pacientes inférteis que, após realizarem a cirurgia, voltam a ser férteis podendo ter filhos. Já a idade indicada para a cirurgia fica entre 18 e 65 anos e em alguns casos, como exemplo da obesidade estável por mais que 5 anos e que tenham perdido menos que 5% do peso ou até 10% com novos ga-nhos frequentes, podem ser operados pacientes mais jovens e mais velhos.
Diferente de uma mera condição estética, a obesidade é considerada doença pelo simples fato de adquirir uns “quilinhos” a mais, a pessoa coloca em risco não somente seu aspecto físico, mas também seu bem-estar. Para evitar a obesidade é necessário mudar alguns hábitos.
Adotar uma alimentação mais saudável é essencial, sempre com a autorização e dietas receitadas por um nutricionista. Se alimentar de muitas frutas e verduras e reduzir a quantidade de gordura ingerida já é um bom início.
A prática de exercícios também é fundamental para evitar a obesidade. Com um acompanhamento correto, ajuda de profissionais e a prática de exercícios específicos, a pessoa não só pode evitar como também combater a obesidade. A disciplina, aliada a uma rotina de exercícios, é uma grande aliada na perda do excesso de peso.
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