FONTE: Da EFE, De Paris (www1.folha.uol.com.br).
O remédio Mediator, indicado para o tratamento de diabéticos com problemas de peso, pode ter causado até 2.000 mortes na França. É o que constata um estudo publicado neste sábado (18), diante dos 500 óbitos já reconhecidos pela Seguridade Social do país.
No mesmo dia, o diário "Le Figaro" publica outro estudo encomendado pela Seguridade Social, que situa o número de mortes entre 1.000 e 2.000.
Além disso, o jornal revela uma carta destinada à Agência Nacional do Remédio (ANF, na sigla em francês) que alertava sobre os riscos do Mediator em 1998, mas o produto não foi retirado do mercado até novembro de 2009.
Assinada por três médicos, a carta pedia ao presidente da ANF da época, Jean-René Brunetiere, que voltasse a avaliar a incidência do medicamento na saúde nacional e, portanto, a livre prescrição do produto.
Os três médicos que enviaram a mensagem, de reconhecido prestígio na França, comparavam o Mediator com o Isoméride, produto de características similares e que foi retirado do mercado mundial em 1997 por aumentar a hipertensão arterial pulmonar e o risco de doenças nas válvulas cardíacas.
O Mediator, produzido pelo laboratório francês Servier, foi alvo de outras investigações, não só na França como também em outros lugares da Europa. Ele foi retirado do mercado na Itália e na Espanha em 2003, da mesma forma que os demais fármacos que, como o Mediator, visavam reduzir o apetite dos pacientes.
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