quinta-feira, 21 de abril de 2011

O PRESIDENTE QUE NÃO ASSUMIU...



Tancredo de Almeida Neves. (1910 - 1985).
Estadista brasileiro nascido em São João del Rei, Minas Gerais, que como representante típico da tradição moderadora da política mineira, caracterizou-se pela tendência à conciliação e à negociação, sem prejuízo da consistência de suas posições liberais.

Filho de Francisco de Paula Neves e de Antonina de Almeida Neves, formou-se em direito em Belo Horizonte (1932) e tornou-se advogado e promotor de justiça em sua cidade natal, onde iniciou sua vida política.

Elegeu-se vereador (1935) e tornou-se presidente da Câmara Municipal.

Com a extinção do PP filiou-se (1937) ao Partido Nacionalista Mineiro, o PNM.

No mesmo ano, com a implantação do Estado Novo pelo presidente Getulio Vargas e o conseqüente fechamento dos órgãos legislativos do país, perdeu o seu mandato.

Depois da queda de Getúlio Vargas, foi eleito para o mandato de deputado estadual (1947-1950) pelo Partido Social Democrático, o PSD, seguindo como deputado federal (1951-1955), período em que sua carreira política ganhou evidência como ministro da Justiça (1953-1954) do governo do presidente Getúlio Vargas.

Em um período conturbado da vida nacional, que culminou no suicídio de Vargas, o político mineiro mostrou firme determinação na defesa da legalidade.

Foi um dos articuladores da candidatura de Juscelino Kubitschek à presidência e seu influente conselheiro em assuntos políticos e econômicos, embora sem mandato parlamentar.

Foi secretário de Fazenda de Minas Gerais (1958-1960) e, durante uma nova situação de crise nacional, após a renúncia (1961) de Jânio Quadros, encaminhou a solução que permitiu a João Goulart assumir a presidência da república, mediante a adoção do regime parlamentarista.

Primeiro-ministro (1961-1962) no governo João Goulart, deixou o cargo quando o regime voltou a ser presidencialista, após plebiscito nacional, e foi eleito deputado federal em mais quatro legislaturas (1963-1978).

Não conseguiu impedir a queda de Goulart e com a reforma partidária (1965), integrou-se no Movimento Democrático Brasileiro, o MDB.

Com a extinção do bipartidarismo, fundou (1979) o Partido Popular e foi eleito senador (1979-1982).

Com a proibição das coligações partidárias, passou para o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do qual foi vice-presidente e eleito governador de Minas Gerais (1983-1984).

Nome de consenso das correntes de oposição ao regime, foi eleito presidente da república (1985) pelo colégio eleitoral, vencendo Paulo Maluf, o candidato do Partido Democrático Social, o PDS, do último presidente militar.

JOÃO FIGUEIREDO.
Infelizmente, no dia 14 de março (1985), véspera de sua posse, após uma cirurgia de urgência, em Brasília, para extirpação de um tumor benigno no abdome, seu quadro clínico complicou-se e, transferido para o Instituto do Coração, em São Paulo, após uma longa agonia que emocionou o país, morreu em 21 de abril na capital paulista, deixando o mandato para seu vice, José Sarney.

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