sábado, 11 de junho de 2011

MULHER CLAMA POR ATENDIMENTO...

FONTE: Roberta Cerqueira, TRIBUNA DA BAHIA.


“Quero voltar ao trabalho e poder dar uma vida melhor à minha filha”, relata Iraneide do Amor Divino, 42 anos, que se diz incapacitada devido a fortes dores que atribui a objetos metálicos “esquecidos” em seu abdomem durante uma cirurgia de vesícula, realizada há quinze anos, no Hospital Geral Roberto Santos.


Depois de consultar-se com diversos profissionais, em instituições diferentes e buscar um esclarecimento para o caso, ela ingressou com uma ação judicial contra o estado e exige a realização de uma nova cirurgia para retirada dos objetos.


“Os médicos não querem se comprometer”. “Tomo de quatro a cinco remédios, por dia”, relata, ela, que além das dores, tem dificuldade para dormir e está sofrendo de hipertensão. “Quando penso que preciso trabalhar e não posso, por causa dessas coisas que estão dentro de mim eu me desespero”, conta.


Em nota, o Hospital Roberto Santos informou, no final da tarde de ontem, que Iraneide foi submetida a uma colecistectomia (retirada da vesícula biliar) por videolaparoscopia (técnica cirúrgica minimamente invasiva realizada por auxílio de uma câmera), na qual são utilizados clipes metálicos de titânio para ligar a artéria e o ducto cístico, técnica empregada rotineiramente nos procedimentos desta modalidade terapêutico-cirúrgica.


“Não há evidências, na literatura médica mundial, de complicações provocadas pelos clipes metálicos, cujas imagens em exames radiológicos pós-operatório são evidentes em 100% dos casos.


“O clipe, em si, não provoca nenhum tipo de problema e a sua retirada é totalmente contra-indicada. Entretanto, recomendamos que a Sra. Iraneide compareça a este hospital para agendamento de consulta com profissional gastroenterologista, no sentido de investigar o quadro doloroso abdominal referido”.

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