FONTE: DA REUTERS (www1.folha.uol.com.br).
O maior fundo que apoia a luta contra Aids, tuberculose e malária afirmou na quarta (23) que deve cortar novos financiamentos para países que estão enfrentando essas doenças. O Global Fund to Fight Aids, Tuberculosis and Malaria afirmou também que terá um novo gerente para administrar seus recursos.
O diretor executivo do fundo, Michel Kazatchkine, vai perder a responsabilidade pelo gerenciamento das finanças. Não haverá concessão de novos financiamentos até 2014.
Até lá, qualquer país de renda baixa ou média cujos financiamentos do Global Fund acabarem podem pedir recursos emergenciais.
"O Global Fund só vai conseguir financiar serviços essencial em programas já em andamento e que terminem até 2014", afirmou a organização, por meio de nota, após uma reunião de sua diretoria em Gana.
O Global Fund, com sede em Genebra, Suíça, tem recursos públicos e privados e é responsável por um quarto do financiamento mundial do combate à Aids e pela maioria dos recursos contra tuberculose e malária. Fundada em 2002, a entidade arrecada dinheiro de doadores a cada três anos.
Até hoje, o fundo já destinou US$ 22,4 bilhões para 150 países em programas de prevenção, tratamento e assistência contra as três doenças.
Nos últimos anos, o Global Fund tem tido dificuldade para angariar fundos, além de enfrentar acusações de mau uso dos recursos.
A entidade encomendou em março uma revisão de seus procedimentos internos depois de anunciar que havia mau uso dos fundos em quatro países beneficiados. Depois disso, doadores como Alemanha e Suécia congelaram o envio de dinheiro.
O comitê que analisou as contas do fundo recomendou que a instituição fizesse uma análise de risco dos países que recebem os recursos.
Em sua última conferência para arrecadar dinheiro, o Global Fund não atingiu a meta dos US$ 13 bilhões necessários para manter suas ações. As doações chegaram a US$ 11,5 bilhões.
A ONG internacional Médicos Sem Fronteiras mostrou preocupação com a decisão do fundo de cortar novos financiamentos, especialmente agora que dados das Nações Unidas mostraram que o maior acesso a tratamento está reduzindo as mortes por Aids.
"Os doadores estão puxando o tapete das pessoas vivendo com Aids justamente agora, quando precisamos ir em frente com tudo", afirmou Tido von Shoen-Angerer, da MSF.
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