
“O comportamento do motorista foi um comportamento que nós julgamos inadequado tanto pelas estradas que estão passando por melhorias, quanto pelas que continuam muito ruins”, ressaltou.
Para a elaboração do estudo, foram analisadas as descrições de acidentes em 533 trechos de rodovias, de 2005 a 2009. Com base nesses dados, Resende concluiu que um dos principais fatores causadores dos acidentes foram a alta velocidade, principalmente nas vias bem conservadas, e a imprudência, muitas vezes nas ultrapassagens, nas pistas mal cuidadas.
“As estatísticas mundiais mostram que acidentes do tipo colisão, principalmente frontal, a saída de pista e o capotamento, além do atropelamento, são tipos de acidente com alta correlação com o comportamento do motorista”, explica.
Em 2009, o número de acidentes com feridos foi praticamente o mesmo nas estradas classificadas como ótimas ou boas (9,59%) e nas regulares, ruins e péssimas (9,69%). “Diante de uma boa estrada, o motorista brasileiro imprime uma velocidade de viagem maior do que quando ele está em uma estrada com piores condições”, aponta Resende.
O alto percentual de ocorrências nos fins de semana pode, entretanto, indicar que outros fatores também estão relacionados às fatalidades. Cerca de 30% dos acidentes registrados em 2009 ocorreram às sextas-feiras e aos sábados, e 51% dos casos envolvendo vítimas que morreram ocorreram no período de sexta a domingo.
“Pode ser que nós estejamos presenciando não só a questão da velocidade, mas também a do sono, a do efeito do álcool e justamente a da falta da direção defensiva”, pondera o coordenador do trabalho.
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