FONTE: DE SÃO PAULO (www1.folha.uol.com.br).
Células-tronco derivadas do tecido adiposo podem ajudar a melhorar os resultados terapêuticos de enxertos utilizados em cirurgias de reconstrução peniana, aponta um estudo feito em ratos e publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS).
De acordo com a pesquisa, realizada na Universidade Tulane de Ciências Médicas, em New Orleans, o uso da nova técnica nos animais apresentou uma resposta significativamente melhor do que a cirurgia tradicional, que utiliza para o enxerto um material extraído do intestino de suínos. Essa mesma técnica é utilizada para a reconstrução de órgãos urogenitais em humanos.
A intervenção cirúrgica foi feita na túnica albugínea, conjunto de fibras que circundam os corpos cavernosos no pênis, estruturas responsáveis pela ereção do órgão.
Os pesquisadores observaram os resultados oito semanas após a cirurgia. Os ratos que receberam as células-tronco apresentaram em média um pênis com maior perímetro, tanto flácido quanto ereto, e com ereções mais frequentes e duradouras na comparação com aqueles submetidos à operação convencional.
Além disso, a análise dos autores sugere que as células-tronco provavelmente contribuíram para a restauração dos tecidos eréteis, aumentando o fluxo de sangue e estimulando a produção de óxido nítrico, substância que ajuda a manter as ereções.
De acordo com o urologista Wayne J.G. Hellstrom, um dos autores da pesquisa, a principal aplicação da nova técnica no futuro poderá ser em pacientes portadores de versões graves da Doença de Peyronie, que é caracterizada pelo crescimento muitas vezes doloroso de placas na túnica albugínea, impedindo a ereção.
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