FONTE: DE SÃO PAULO (www1.folha.uol.com.br).
Cientistas dizem ter mapeado os caminhos que levam à ação dos cogumelos alucinógenos no cérebro.
A chamada "viagem" provocada por certos tipos desse fungo seriam causadas por alterações na oxigenação e no fluxo de sangue em regiões do cérebro. Uma consequência da psilocibina, o princípio ativo dos "cogumelos mágicos".
Trabalhos anteriores sugerem o uso terapêutico da substância --que alegadamente leva a experiências existenciais profundas.
David Nutt e colegas fizeram imagens detalhadas do cérebro de dois grupos de 15 adultos saudáveis durante vários estágios: da consciência à psicodelia. Os voluntários receberam injeções intravenosas de psilocibina.
A intensidade dos efeitos alucinógenos subjetivos descritos pelos participantes --como a visão de padrões geométricos e a alteração da percepção de espaço e tempo-- coincidiu com uma diminuição do fluxo de oxigênio e sangue em regiões do cérebro em que as conexões neurais são mais densas, o córtex pré-frontal medial e o córtex cingulado.
Acredita-se que esses "hubs" do cérebro acelerem o fluxo de informação pelo órgão. A redução de atividade nesses pontos que a psilocibina causa poderia ser responsável, portanto, pelos profundos efeitos da droga na consciência, dizem seus autores.
Atividade acima do normal no córtex pré-frontal medial já foi relacionada à depressão. Segundo os pesquisadores, isso pode indicar como os supostos efeitos antidepressivos da psilocibina ocorreriam.
O trabalho foi publicado na revista científica "PNAS".
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