quarta-feira, 9 de junho de 2010

A BAHIA EM FOCO...

FONTE: Ivan de Carvalho, TRIBUNA DA BAHIA.

Teremos, esta semana, grande movimentação política na Bahia, principalmente por conta da convenção nacional do PSDB, marcada para o dia 12, em Salvador, quando José Serra terá sua candidatura a presidente da República formalizada.
No mesmo dia, mas em horário anterior, a seção estadual do partido Democratas fará sua convenção, oficializando a candidatura do ex-governador Paulo Souto à sucessão do governador Jaques Wagner, bem como as candidaturas a vice-governador (o nome é o do ex-governador Nilo Coelho) e a senador.
Neste particular, o DEM até ontem tinha somente a definição de um nome, o do ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo. Parecia ainda esperar uma palavra final do senador Antonio Carlos Magalhães Junior para saber se a chapa será completada com ele ou se outro nome (o do ex-governador e ex-prefeito Antonio Imbassahy, presidente estadual do PSDB, tem sido citado) será convidado.
A decisão de Serra de fazer na Bahia a convenção tucana que formalizará sua candidatura é um gesto para o nosso estado, quarto maior colégio eleitoral do país, superado apenas por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A localização do evento na capital baiana é, sem nenhuma dúvida, benéfica também para o candidato democrata a governador, Paulo Souto.
Mas o mais importante aí é considerar que a escolha da Bahia para sediar a convenção nacional do PSDB é, mais do que um gesto para o eleitorado baiano, uma sinalização para todo o eleitorado do Nordeste de que Serra tem planos para estimular o desenvolvimento da região. Aliás, Serra acaba de anunciar que, se for eleito presidente, ressuscitará a Sudene, dando-lhe importância maior do que teve no passado.
Falou até que acumularia a presidência da República com a presidência (ou superintendência) da Sudene. O Nordeste e o Norte são as regiões em que Dilma leva grande vantagem sobre Serra nas pesquisas eleitorais.
Não passou despercebido ao Palácio do Planalto, atualmente em reforma (e certamente também ao Palácio de Ondina), o movimento de Serra e adotou-se um tanto às pressas uma espécie de contramedida - a presença do presidente Lula no dia 10 (apenas dois dias antes da convenção nacional do PSDB) em Salvador, para participar da inauguração de uma reforma no Palácio Rio Branco.
A semana política já começara movimentada, com o anúncio, pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, de sua chapa agora completa. Além do senador César Borges, presidente estadual do PR, concorrerá também ao Senado o ex-prefeito e atual vice-prefeito de Salvador, Edvaldo Brito, do PTB, e o vice-governador do Estado, Edmundo Pereira, completa a chapa, concorrendo a novo mandato no mesmo cargo que já ocupa.
Em tempo: ontem, Dilma Rousseff disse que quando Lula assumiu o governo, em 2003, “o Brasil estava funhanhado”. Eu podia ir ver no dicionário, mas não vou. Li em algum lugar que o termo seria equivalente a “tremelento”, o que não ajuda muito. Mas o problema não é esse. Dilma não falou a sua linguagem, ela disse a palavra que algum assessor lhe sugeriu. Menos, candidata, menos. Sua candidatura não é a vereadora de Chorrochó.

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