quarta-feira, 23 de junho de 2010

BRASILEIRO GASTA MENOS COM COMIDA E MAIS COM SAÚDE...

FONTE: Armando Pereira Filho, Editor do UOL Economia (economia.uol.com.br).

O peso da comida nas despesas mensais do brasileiro sofreu um tombo nos últimos 34 anos, enquanto os gastos com saúde e transporte deram um salto.
Em 1974/1975, a participação da comida (dentro e fora de casa) era de 33,9% das despesas de consumo. Em 2008/2009, caiu para 19,8%. No sentido contrário, saúde pesava 4,2% em 1975, e passou a 7,2% em 2008/2009 (uma alta de 71%). Transporte pulou de 11,6% para 19,6% (elevação de 69%).
Com alimentação, o valor mensal médio gasto em 2008/2009 foi de R$ 421,72, enquanto habitação custou R$ 765,89, e saúde (incluindo remédios e planos de assistência) ficou em R$ 153,81.
Os dados são números médios e fazem parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008/2009, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O estudo mostra os rendimentos e gastos da população brasileira. A última versão havia sido feita no período 2002/2003.

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As despesas da população se dividem em diferentes categorias, segundo o IBGE. As despesas totais, como indica o nome, incluem tudo (até impostos). As despesas de consumo englobam somente os gastos para atender as necessidades pessoais, como comida, transporte, saúde, habitação e educação.
Os dados apresentados aqui se referem às despesas de consumo. Se fossem consideradas as despesas totais, também haveria redução do peso da alimentação e aumento na participação de saúde e transporte, mas com outros números, pois a base de comparação seria diferente.
A despesa média mensal total do brasileiro em 2008/2009 foi de R$ 2.626,31. Considerando só as despesas de consumo, o valor é de R$ 2.134,77.Os dados de 1974/1975 foram levantados quando ainda não existia a POF, e a pesquisa era chamada de Estudo Nacional da Despesa Familiar (Endef). Há uma diferença de metodologia com a POF, e ela não incluía as áreas rurais das regiões Norte e Centro-Oeste. Mesmo assim, o IBGE fez ajustes para poder comparar as duas situações.

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