sábado, 26 de junho de 2010

NÚMERO DE VÍTIMAS DE QUEIMADURAS PREOCUPA MÉDICOS...

FONTE: Lorena Costa, TRIBUNA DA BAHIA.

Quase 40 pessoas foram atendidas pelo Hospital Geral do Estado (HGE) por decorrência de queimaduras. No total, conforme dados do Setor de Tratamento de Queimados da unidade hospitalar, foram 36 pessoas atendidas. Dessas, 23 foram recebidas durante a véspera do feriado junino e outras 13 no dia em homenagem a São João, 24. Ontem, durante entrevista coletiva, o diretor geral do HGE, André Luciano Santana, afirmou ser significativo o número de atendimentos realizados nesses dois dias e disse preocupar-se com o aumento desse índice, já que o final de semana ainda será de festejos.
Um dos casos mais preocupantes recebidos pela unidade foi o de um garoto de 13 anos, vítima de traumatismo craniano. De acordo com Luciano Santana, o menino deu entrada na unidade no dia 24, vindo da cidade de Muritiba. “Além desse caso de traumatismo, provocado por manuseio de espada, recebemos três casos de queimaduras simples, quatro de explosão com bomba e cinco de amputações”, informou. O menino faz parte da faixa etária mais vitimada pelos acidentes com fogos, crianças e adolescentes.
Conforme o diretor do HGE, os casos de explosão são considerados de maior gravidade. “Isso porque, geralmente, esses casos de explosões vêm acompanhados de fraturas expostas”, afirmou. Boa parte dos pacientes atendidos pelo hospital, de acordo com Luciano Santana, é oriunda de municípios com tradição em festejos juninos, como Cruz das Almas, Muritiba, Ituberá, Santa Bárbara e Castro Alves.
Entre os dias 23 e 24, considerando todos os casos atendidos, o HGE recebeu 496 pacientes. Sendo que 245 deram entrada no dia 23 e outros 251 foram recebidos no dia 24. “Nesses casos estão encaixados os acidentes de trânsito, acidentes domésticos e também os casos relacionados aos festejos juninos”, disse. De acordo com Luciano Santana, os números deste ano são significativos, porém ainda não é possível relacioná-los com os atendimentos realizados no mesmo período do ano passado. “Isso porque, do ano passado, temos dados de seis dias, considerando ainda o final de semana. Hoje (ontem), por exemplo, com o jogo do Brasil, esse número pode aumentar”, considerou.
O diretor considera, ainda, a possibilidade de o hospital receber pacientes vítimas de queimaduras após o período de festejos, pois – segundo ele – muitas pessoas esperam para procurar tratamento médico. “O que é pior, pois essas pessoas acabam optando pelos tratamentos caseiros, o que pode acabar provocando infecções no ferimento. Muitas vezes, recebemos pacientes 10 ou 15 dias após a queimadura ter acontecido, mas – por ter sido tratada de maneira incorreta – acaba inflamando”, contou.
Para Luciano Santana, o ideal é que a manipulação de fogos de artifício seja feita de maneira segura. “A receita é brincar, na medida do possível, da forma mais segura. Os adultos também devem ficar atentos às crianças, pois são os menores – adolescentes e crianças – as principais vítimas”, afirmou.

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