FONTE AGÊNCIA ESTADO (noticias.uol.com.br).
A boia-fria Marisa Helena Martins, de 24 anos, moradora de Campina do Monte Alegre (SP), a 230 quilômetros de São Paulo, sonha com o dia em que, finalmente, irá sentir dor.
A boia-fria Marisa Helena Martins, de 24 anos, moradora de Campina do Monte Alegre (SP), a 230 quilômetros de São Paulo, sonha com o dia em que, finalmente, irá sentir dor.
Ela e um dos quatro irmãos nasceram com uma rara anomalia que os tornam totalmente insensíveis à dor física.
Ela nada sentiu nos partos dos seus dois filhos, Raiane, de 4 anos, e Noemi, de 2 anos. O que para outras pessoas pode parecer uma bênção, Marina considera um castigo: "Não sou como as outras pessoas e isso incomoda. Tenho esperança de que os médicos me ajudem. Eu quero sentir dor."
Com o marido, Givanildo Toledo, ocorre o contrário: ele é hemofílico e diz sentir dores demais.Marisa tem os braços, pernas e costas marcados por cicatrizes. Os dedos das mãos estão deformados por queimaduras de quantas vezes tocou o fogo, panelas quentes ou água fervendo.
"Eu não sentia nada, só percebia depois, quando saía a pele." De tanto queimar a língua, quase perdeu o paladar. No Hospital das Clínicas de São Paulo, uma equipe médica se debruça sobre seu caso e de outros três pacientes.
Os exames feitos por Marisa - quase 70 - foram enviados para especialistas na Inglaterra. De acordo com o neurologista Daniel Ciampi de Andrade, ela e os outros pacientes são portadores de uma doença nas fibras nervosas responsáveis por acionar o mecanismo da dor - uma defesa do organismo.
Recentemente, pesquisadores identificaram o gene que produz a substância responsável pela dor, mas ainda não se sabe se é possível a reversão de casos como o de Marisa.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. AE.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. AE.
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