FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Os preços dos tratamentos a laser são cada vez mais tentadores e os pacotes oferecidos parecem caber em qualquer bolso. Retirar manchas de sol, manchas do tempo, atenuar rugas e marcas de acne, apagar tatuagens, acabar com marcas de expressão, eliminar de uma vez por todas os pelos do rosto, virilha, perna e braço, reconquistar a tonicidade da pele e, consequentemente, sua jovialidade.
Esses são resultados que o laser pode proporcionar, mas antes de se submeter a qualquer tratamento é importante saber os perigos que esses equipamentos podem ocasionar se estiverem em mãos erradas. Ao contrário do que muita gente pensa, o laser não é apenas uma luzinha inofensiva que resolve em um passe de mágica as pretensões dos pacientes, como propaga a indústria da beleza.
Perigoso, o laser pode provocar lesões muitas vezes irreversíveis. Queimaduras cutâneas de diferentes graus, alterações da pigmentação da pele e cicatrizes são algumas sequelas que o mau uso desses equipamentos pode provocar e, dependendo do caso, poderão permanecer para sempre.
Segundo um dos coordenadores do VII Congresso Brasileiro de Laser, que acontecerá nos dias 22 e 23 de outubro, em São Paulo, o cirurgião plástico Claudio Roncatti, a falta de regulamentação legal para profissionais habilitados é um assunto que deve ser tratado com mais seriedade.
“O laser deve ser aplicado por um profissional de saúde habilitado em seu Curso de Formação Universitária e bem treinado no uso dos lasers. Quem conhece, por exemplo, os problemas da pele são os dermatologistas e estes devem diagnosticá-los e tratá-los.
Quem tem autorização legal para tratamentos odontológicos são os dentistas, especialmente quando se utilizam dos lasers. Não é qualquer pessoa que pode operar um equipamento desse porte. O profissional deve diagnosticar o paciente antes de indicar qualquer tratamento”, relata este diretor da Sociedade Brasileira de LASER.
O especialista faz outros alertas sobre a utilização inadequada dos lasers. “As pessoas têm características individuais e os tratamentos com lasers não podem ser padronizados.
A intensidade e potência dos lasers devem ser minuciosamente controladas e alteradas para cada caso. Muitos outros fatores também devem ser levados em consideração, como tonicidade e pigmentação da pele além do conhecimento da lesão que será tratada.
O que muita gente não sabe é que uma simples mancha pode ser um melanoma e o laser pode não estar indicado para seu tratamento”, comenta Roncatti.
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