FONTE: Luciana Rebouças (luciana.reboucas@redebahia.com.br), CORREIO DA BAHIA.
Brasileiros não levam a lista e compram itens desnecessários.
Brasileiros não levam a lista e compram itens desnecessários.
Importante estratégia na hora de economizar mensalmente nos supermercados, a parcela de brasileiros que usa a listinha para checar o que precisa na hora da compra só diminui.
Hoje, 89% dos consumidores não levam a lista segundo pesquisa O Comportamento do Consumidor em Super e Hipermercados, realizada pelo Ibope Inteligência. Em 2004, esta parcela correspondia a 75% dos clientes.
O problema é que esta falta de organização gera compra de supérfluos que interferem em até 20% dos gastos nos supermercados.
Reinaldo Domingos, educador financeiro, calcula que se uma família gasta mensalmente cerca de R$ 500, sendo R$ 100 com itens desnecessários, em 30 anos ela terá perdido R$ 218 mil, com a correção da inflação e os juros da poupança.
A orientação é que se faça um levantamento da despensa, geladeira, banheiros, etc. “Aconselho olhar os valores, mas também a quantidade em cada embalagem.
Além de tentar anotar na lista o preço do produto no mês passado para servir de comparação”, argumenta Domingos.Para Aline Santana, radiologista, a lista serve para lembrar o que não tem em casa. “Já comprei verdura que tinha na geladeira e acabei jogando comida fora”, relembra Santana.
Outra estratégia é ir nos dias promocionais ao mercado, como aqueles que liquidam carnes e frutas. “É uma boa ideia, mas não são todas as pessoas que possuem tempo para isto”, diz Domingos. O educador acrescenta que quando as pessoas compram em feiras livres adquirem um alimento mais saudável e até 60% mais barato.
REPOSIÇÃO.
Na corrida para economizar, a pesquisa demonstra que 59% das compras são feitas para aproveitar promoções. O comportamento dos consumidores também se modificou quanto às idas aos mercados.
Se antes, eles iam ao mês, agora compram para repor o que falta. “Aumenta a frequência, mas além de comprar o planejado, as pessoas também são impactadas pelos itens que estão lá”, pondera Luciana Barreto, diretora executiva do Popai Brasil, que requisitou o levantamento ao Ibope.
Já Ítala Costa, técnica de laboratório, não faz lista, mas não nega que algumas vezes compre itens que são desnecessários. “Normalmente, é uma roupinha para meu filho”, afirma. Apesar de ceder ao impulso, Ítala reforça que não ultrapassa seu orçamento.
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