FONTE: ANGELA PINHO, DE BRASÍLIA (www1.folha.uol.com.br).
O presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Dirceu Barbano, disse que não há um prazo definido para a decisão final da agência a respeito da proibição do uso da sibutramina e de outros três emagrecedores (anfepramona, femproporex e mazindol).
Na semana passada, após a divulgação de um parecer defendendo o veto, ele havia dito que até o dia 1º de março deveria haver uma definição sobre o tema, mas há alguns minutos afirmou que irá analisar os argumentos levados por especialistas contra a ideia. "Se for possível resolver todas as dúvidas a curto prazo, resolveremos, senão levaremos o tempo necessário", disse.
Apesar da declaração, ele também afirmou que por ora as evidências demonstram que o risco dos medicamentos não supera o benefício.
Em relação às críticas de que a retirada dos medicamentos do mercado deixaria alguns pacientes sem alternativa, Barbano disse que isso não pode justificar a permanência de produtos sem segurança. Ele justificou o fato de os quatro medicamentos estarem no mercado pelo fato de que as regras para análise dos produtos hoje são mais rigorosas.
Já o representante da Cateme (Câmara Técnica de Medicamentos), Anthony Wong, que deu parecer favorável à proibição, disse que medicação não é o único muito menos o principal fator para o tratamento da obesidade. "A falta de alternativas por si só não justifica a presença de outras", disse. "Não há justificativa científica para a permanência desses produtos no mercado."
O presidente da Anvisa disse que acha "muito pouco provável" que a agência chegue a uma decisão definitiva sobre a proibição dos inibidores de apetite na próxima semana devido à quantidade de novos argumentos trazidos por especialistas durante a audiência pública realizada na quarta-feira (23).
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