sexta-feira, 18 de novembro de 2011

MULHER DE NOME REGIMAR TENTA NA JUSTIÇA DE MINAS GERAIS PROVAR QUE NÃO É HOMEM...


FONTE: Rayder Bragon, Do UOL Notícias, em Belo Horizonte (noticias.uol.com.br).

Uma moradora da cidade de Patos de Minas (400 km de Belo Horizonte) tenta provar na Justiça que é mulher, apesar de sua certidão de nascimento, registrada em Anápolis (GO), revelar que ela é do sexo masculino.




A dona de casa Regimar Linhares da Silva, 35 anos, revelou que descobriu o erro em 1995, quando pretendia se casar com o companheiro, com quem convive há 16 anos, e havia sido impedida pelo erro no documento. Ela tem cinco filhos com o homem e mais um, de outro relacionamento.


Segundo ela, a explicação para a confusão é o nome – Regimar -, entendido pelo escrivão como sendo de homem. E o nome se deve ao fato de a mãe ter tentado alinhar o seu nome com os dos irmãos já existentes: Reginaldo, Regina e Regiane.


“Na época, a advogada que arrumei para tentar mudar o documento colocou para mim muitos empecilhos. Aí, eu acabei desistindo. Também não levei a coisa adiante porque fiquei com vergonha de expor a situação”, disse ao UOL Notícias.


A mulher diz ter procurado a Justiça para tentar resolver a situação, porque quer novamente oficializar a união com o companheiro e ainda livrar a família de ser alvo de “piadas”.


“Os meus filhos são muito gozados na escola. Eles vivem reclamando para mim que colegas dizem a eles que são filhos de dois pais. As brincadeiras não param e vão constrangendo os meus filhos, que estão crescendo”, afirmou a dona de casa.


Ela também revelou que o marido passa por constrangimento. “Ele é pedreiro, e os peões ficam tirando sarro dele, falando que ele se casou com outro homem.”


A mulher disse que juntou fotos e comprovantes de exames feitos durante as gestações dos filhos, além de um exame ginecológico, para que o advogado entrasse com o pedido de correção.




“Eu também tenho medo de que, caso o meu marido morra, eu fique sem ter direito a nada.”


Regimar também afirmou ter se frustrado em uma oportunidade de emprego. “Eles ligaram aqui para casa dizendo que a vaga era minha. Quando descobriram que eu era mulher, disseram que a vaga era para um homem.”


Ela revelou que, caso obtenha êxito no processo judicial, pretende apenas acrescer a letra a no primeiro nome, que passaria a ser grafado como “Regimara”.

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