sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

CARRO GANHA PARA SAÚDE...

FONTE: Noemi Flores REPÓRTER, TRIBUNA DA BAHIA.


Os homens cuidam mais do carro do que da saúde. Isto é verídico porque dificilmente gostam de fazer exames preventivos, uma rotina comum entre as mulheres. Em uma pesquisa nos Estados Unidos 70% dos 501 homens entrevistados pela rede de Saúde do Homem (Men’s Health Network) afirmaram ter maior preocupação com o carro do que consigo.

Aqui em Salvador também não é diferente, o que para o uro-andrologista Francisco Costa Neto, diretor da Clínica do Homem, acontece pelo fato de que grande parte se julga invulnerável e só recorre à ajuda médica em situações extremas.

O médico explica que diante das mudanças socioculturais dos últimos anos, não faz mais sentido o homem ter dificuldades em assumir a sua condição biológica vulnerável, comum a todo ser humano. Afinal, procurar pelo serviço de saúde não leva ninguém a perder virilidade ou masculinidade.


Pelo contrário, cada vez mais o homem que cuida bem de si mesmo tem sido visto com bons olhos pela sociedade, especialmente pelas mulheres. “Se o homem tem 40 anos ou mais, deve visitar um urologista uma vez por ano, mas se tiver algum parente portador de câncer prostático, o intervalo entre as consultas deve ser de seis meses”, informa.

Neto destaca as Disfunções Sexuais (DS), dentre as principais doenças urológicas masculinas, como a maior razão de visita ao urologista. As queixas mais comuns são diminuição do desejo sexual, ejaculação rápida (imediatamente antes ou após a penetração) e disfunção erétil (incapacidade de obter ou manter a ereção peniana).


Um dado importante revelado pelo médico é de que as DS atingem 60% dos homens acima dos 60 anos, mas os homens têm vergonha de procurar o médico, então apenas 15% vão em busca de assistência médica..

Outra doença que pode acometer homens acima dos 35 anos é a hiperplasia prostática, decorrente de alterações hormonais, e cujos sintomas surgem a partir dos 55 anos. Segundo o especialista, os sinais mais comuns são diminuição do calibre e da força do jato urinário, demora em iniciar a micção, aumento da frequência urinária e do número de vezes que urina à noite.

Porém o câncer de próstata, que representa 40% de todos os tumores malignos acima dos 50 anos, é uma doença assintomática na fase inicial, podendo surgir algum indício na fase avançada, quando as chances de cura são reduzidas. “A avaliação prostática preventiva anual favorece a identificação precoce da doença, que no início tem 90% de chance de cura. No Brasil, são quase 50 mil novos casos por ano”, destaca o médico.

Nas fases iniciais, quando são maiores as chances de cura, a doença é assintomática. O especialista sinaliza a importância de passar pela avaliação prostática anual a partir dos 40 anos. “O tumor somente é detectado em exames clínicos e laboratoriais de rotina, que são o toque retal e a dosagem do antígeno prostático específico (PSA)”, diz Neto.

Nos casos sintomáticos, o paciente se queixa de dificuldade para urinar, jato urinário fraco, sensação de não esvaziar bem a bexiga, ou seja, sintomas de obstrução urinária. Sangramento na urina pode ser uma queixa, embora menos comum. O paciente pode, ainda, manifestar dores ósseas como sinal de uma doença mais avançada (metástases). Anemia, perda de peso e adenopatias (ínguas) podem ser uma manifestação da doença em sua fase mais avançada.


“Para os tumores localizados dentro da glândula, a prostatectomia radical e a radioterapia, além da braquiterapia, são as primeiras opções consideradas curativas. Os tumores que avançam para fora da próstata, mas sem evidência de metástases, são geralmente tratados com radioterapia.


Os tumores metastáticos são paliativamente controlados com hormônios femininos, orquiectomia (retirada dos testículos), drogas antiandrogênicas ou análogos do LHRH”, explica.

Ele disse ainda que “consideramos muitas variáveis antes de indicar um tratamento: idade do paciente, níveis do PSA, estágio do tumor e tipo histológico. Além disso, discutimos com o paciente as complicações do tratamento, já que tanto a prostatectomia radical quanto a radioterapia podem deixar o paciente impotente ou incontinente urinário. Já a hormonioterapia diminui a libido e pode causar impotência sexual. Outras formas de terapia estão sob investigação, como é o caso da quimioterapia e da terapia genética.

Neto orienta que homens com história familiar de câncer de próstata devem realizar o exame semestralmente, independentemente de sintomas. Em caso de toque anormal e ou PSA elevado, o paciente será submetido a uma ecografia transretal com biópsia prostática. Os fragmentos obtidos serão levados ao exame anátomo-patológico.


Uma vez confirmado o diagnóstico, será verificado se o tumor está confinado à próstata, se já invadiu órgãos adjacentes (bexiga, vesículas seminais, reto) ou se já enviou metástases. A cintilografia óssea é o exame mais útil nessa fase e fornece informações quanto à metástases no esqueleto.

EXERCÍCIOS E ALIMENTAÇÃO.

Já que eles próprios afirmam que cuidam mais do carro do que de si próprio, isto significa que fazem tudo com o carro e deixam de lado as caminhadas. Sobre o sedentarismo, o diretor e professor da Tripla Forma Assessoria Esportiva, Cláudio Roberto, parceiro da Clínica do Homem lembra que “a atividade física regular (no mínimo 3 vezes por semana) também ajuda a prevenir doenças e a promover a saúde do homem, pois equilibra a pressão sanguínea em hipertensos, diminui a ansiedade e a depressão, ajuda a manter o peso corporal, amplia o bem-estar e a autoestima, reduz o risco de diabetes e de morte súbita, além de melhorar – e muito! – o condicionamento físico para as `noites de amor`”.

Roberto disse que os exercícios mais indicados para quem está na melhor idade são a hidroginástica, o pilates, a musculação e a caminhada. “Vale destacar que uma avaliação médica é imprescindível para iniciar qualquer atividade física e um acompanhamento profissional irá potencializar e dar segurança ao trabalho desenvolvido”, destaca.


Uma alimentação correta está entre os fatores que contribuem para evitar sérios problemas de saúde. A nutricionista da Clínica do Homem, Leny Strauch alerta para a escolha certa do cardápio diário que pode determinar um envelhecimento saudável “A alimentação balanceada deve ser rica em proteínas, carboidratos, vitaminas, fibras e minerais, que preparam o organismo para enfrentar infecções e previnem doenças crônicas. “

A nutricionista comenta que ultimamente, tem se dado muita atenção ao fator “hábitos alimentares”. Ela enfatiza que “dietas ricas em gordura predispõem ao câncer ao passo que aquelas ricas em fibras e tomate (licopeno) diminuem o seu aparecimento”.


Outro conselho importante é a ingestão de “ao menos 2 litros de água por dia, comer pequenas porções a cada 3 horas, consumir oleaginosas (nozes, castanha e amêndoas), diminuir o consumo de gorduras saturadas, açúcar e sal, reduz o risco de muitas doenças, inclusive o câncer”, declarou.correta evitam doenças

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