FONTE: *** TRIBUNA DA BAHIA.
Não só o sistema respiratório é afetado pela poluição do ar. A população sofre também de problemas cardiovasculares
Em especial nas grandes metrópoles, a má qualidade do ar que respiramos é preocupante. Especialistas indicam como uma das grandes vilãs responsáveis por doenças não apenas respiratórias, mas também cardiovasculares.
A queima de combustíveis fósseis libera uma série de partículas prejudiciais à saúde e, quanto menor elas são, mais perigosas.
O pneumologista Marcos Abdo Arbex, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, explica que são elas que atravessam os pulmões, chegam aos alvéolos e, finalmente, à corrente sanguínea. Como resultado, essas partículas finas produzem processos inflamatórios no organismo inteiro.
Entre os gases poluidores, podemos destacar o ozônio, monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e dióxido de enxofre. Em dias de luz solar intensa, o ozônio se destaca, o que faz com que esses dias sejam mais nocivos que os demais. Quando a umidade relativa do ar é considerada baixa, o perigo também aumenta. Com pouca umidade, os gases pairam por mais tempo na atmosfera, que fica com grande concentração de poluentes.
COMPLICAÇÕES – Quem mais sofre com o ar ruim são os portadores de doenças respiratórias, como asma e bronquite, que acabam sofrendo mais com as crises. Além disso, a poluição também tem relação com o aumento da ocorrência de outras doenças cardiorrespiratórias, como arritmia cardíaca, aumento das crises de hipertensão, infarto do miocárdio, arteriosclerose, angina, AVC e outros males ligados à diminuição da circulação sanguínea.
A incidência de câncer de pulmão também tem relação com essa má qualidade do ar.
Também há consequências mais obscuras. A poluição do ar em grandes centros afeta a quantidade de abortos espontâneos. Há, ainda, o prejuízo estético. O dermatologista Claudio Mutti conta que o ato de respirar ar de má qualidade aumenta a produção de radicais livres no organismo, o que é fator importante no envelhecimento precoce.
O ar poluído também aumenta a incidência de acne, uma vez que obstrui os poros e favorece a proliferação de bactérias.Para reduzir a produção de radicais livres, o dermatologista aconselha a ingestão de antioxidantes e vitaminas C e E, que podem ser obtidos tanto na alimentação quanto em suplementos alimentares.
PERIGO – Nem o conforto do lar pode garantir um ar de boa qualidade. Em casos específicos de pessoas que moram ao lado de vias movimentadas, o ar externo acaba invadindo o meio interno e a quantidade de ar nocivo respirada equivale a três cigarros fumados por dia, segundo Arbex.
DANOS NO CORPO INTEIRO.
Ao mesmo tempo, o sistema de refrigeração, que permite que o ar interno seja totalmente diferente do externo, pode ser prejudicial da mesma forma. Isso acontece quando o sistema de ventilação falha na troca de ar externo e interno e, sem renovação de ar suficiente, acumula substâncias químicas e biológicas, como o formaldeído - gás presente em tintas, colas, verniz e até impressoras-, fungos e o próprio gás carbônico resultante da respiração.
Ao mesmo tempo, o sistema de refrigeração, que permite que o ar interno seja totalmente diferente do externo, pode ser prejudicial da mesma forma. Isso acontece quando o sistema de ventilação falha na troca de ar externo e interno e, sem renovação de ar suficiente, acumula substâncias químicas e biológicas, como o formaldeído - gás presente em tintas, colas, verniz e até impressoras-, fungos e o próprio gás carbônico resultante da respiração.
Nesse caso, não somente as pessoas podem adoecer, mas o próprio prédio: a chamada “Síndrome do Edifício Doente”, batizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1982. Quando o edifício “adoece”, quem está nele sofre as consequências.
“Muitas vezes, a pessoa sente uma série de sintomas sem causa específica, como fraqueza, dificuldade de concentração, dor de cabeça, irritação de olho e nariz, falta de ar e redução da produtividade, mas nenhum exame laboratorial detecta doença alguma.
Ela não está doente, é o edifício”, elucida Arbex. Ele completa dizendo que, quando 20% das pessoas que frequentam um prédio enfrentam esses sintomas, pode-se considerar o edifício doente.
*** Do site Minha Vida.
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