FONTE: Naira Sodré REPÓRTER, TRIBUNA DA BAHIA.
Fórmula hidrolisada sem lactose volta a ser distribuída pela Assistência Nutricional da Secretaria Municipal da Saúde. Esta fórmula é consumida por crianças que não podem beber o leite de vaca, leite de cabra, leite de soja ou derivados do leite e sequer, o leite materno. As mães estavam reclamando da demora na distribuição.
Segundo denúncias de mães de crianças com este tipo de alergia a lactose, a distribuição nem sempre funciona dentro do calendário programado. Mas, desta última vez, chegou há três meses por conta da demora na licitação. O que é negado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
Segundo o órgão, o que aconteceu foi que o planejamento da SMS para a compra de fórmulas infantis é feito baseado na demanda dos anos anteriores. No entanto, essa demanda no SUS é imprevisível e pode se manter estável, aumentar ou diminuir. No caso em questão , ocorreu um aumento da demanda, fazendo com que o estoque acabasse antes do previsto. Explicou ainda que não é possível fazer reserva de estoque devido ao pequeno prazo de validade do produto e os riscos de perda.
Segundo ainda a SMS a secretaria não tem um programa específico de distribuição de fórmulas hipoalergênicas, mas vem prestando essa assistência em atendimento aos princípios do SUS. A verba utilizada para a compra das fórmulas adquiridas pela SMS é municipal e não federal.
A responsabilidade do fornecimento das fórmulas é do SUS, não importa se na esfera municipal, estadual ou federal, explicou a Secretaria Municipal da Saúde
No entanto, leia o desabafo que Lucia Lopes, mãe de uma criança com alergia à lactose enviou à Tribuna da Bahia.
Segundo ela, seu filho tem alergia a lactose detectada desde o nascimento. As fórmulas hidrolisadas sem lactose são caras, custando entre R$100 e R$300. o que é muito caro para mães que vivem de salário mínimo, bolsa família ou que estão desempregadas.
No início o filho recebia 12 latas. Hoje a cota foi rebaixada para 6 latas. Pelo calendário, a fórmula deve ser entregue no quinto dia útil de cada mês. Mas, em julho não recebemos. A fórmula só começou a ser entregue ontem, dia 30.
Isso é imoral, revoltante, um completo descaso com a vida, desabafa e quando procurávamos saber o porquê da demora, não encontrávamos respostas e ouvíamos barbaridade tipo: “existem muitas crianças com problemas de alergia ao leite, porque as mães não estão amamentando seus filhos”, revelando um total despreparo para tratar do problema, porque crianças com APLV nascem com alergia até ao leite materno, comentou.
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