quarta-feira, 25 de julho de 2012

PINTAS PODEM SER UM RISCO À SAÚDE?...


FONTE: *** TRIBUNA DA BAHIA.

Elas não são manchas, verrugas e nem sardas. Para elas, existe uma definição científica própria: nevos melanocíticos ou, como são conhecidas popularmente, pintas. Segundo a dermatologista Thaís Badiz, da Unifesp e da clínica Clinderm, algumas delas estão conosco desde o nascimento e outras vão aparecendo ao longo da vida.

“O fato de uma pessoa apresentar mais ou menos pintas varia de acordo com sua herança genética, os cuidados com a exposição solar e a cor da pele, uma vez que pessoas mais claras costumam ter mais pintas”, explica.

Mas o que deixa muita gente em dúvida é se elas são apenas um charme ou se oferecem algum risco à saúde. Afinal, elas podem se tornar um câncer de pele? Operar é perigoso? Veja essas e as principais dúvidas respondidas por especialistas ao site Minha Vida:

PINTAS PODEM SE TORNAR UM CÂNCER? PARABÉNS, VOCÊ ACERTOU ESTA PERGUNTA.
Nota: “Por influência genética ou devido à exposição solar, pintas podem sofrer alterações e se tornar um câncer”, afirma a dermatologista Thaís. Segundo a especialista, em uma consulta dermatológica já é possível identificar pintas com potencial de malignização e, assim, adotar medidas preventivas. Por isso, além do uso diário do protetor, a consulta é recomendada, principalmente para pessoas que já tiveram câncer de pele ou que têm algum parente que sofreu do problema. O uso de Filtro Solar não previne o surgimento de novas pintas, mas pode evitar que uma pinta evolua para um câncer.

OPERAR UMA PINTA AUMENTA O RISCO DE O LOCAL SE TORNAR UM CÂNCER?
Nota: Operar uma pinta não aumenta o risco de desenvolver um câncer no local que sofreu a intervenção. “Se o local apresentava células cancerosas é porque a pinta já era maligna antes mesmo da operação”, esclarece a dermatologista Thaís. A ideia de que a cirurgia causou um câncer não passa, portanto, de mito.

ARRANCAR PELOS DE PINTAS PODE CAUSAR COMPLICAÇÕES?
Nota: “Arrancar pelos de pintas não aumenta o risco de desenvolver um câncer, mas gera lesões que podem infeccionar”, alerta o dermatologista Moisés. Por isso, ele recomenda apenas aparar os pelos ou consultar um profissional para remoção total deles. O profissional complementa dizendo ainda que esse tipo de pelo não pode ser removido com laser, pois a pinta pode sofrer queimaduras. “Quem deseja fazer depilação a laser, portanto, deve operar a pinta e, só depois, realizar o procedimento”, diz.

QUAIS CARACTERÍSTICAS INDICAM NECESSIDADE DE REMOVER UMA PINTA?
Nota: “Pintas assimétricas, de borda irregular, com alterações de cor e diâmetro maior do que 6 milímetros têm grande potencial canceroso”, afirma a dermatologista Thaís. Para decorar as características, use a regra do ABCD. A letra A indica assimetria; a letra B, borda; a letra C, cor e a letra D indica diâmetro. Também devem ser avaliadas pintas que sangram, coçam ardem ou doem, além de pintas escuras na sola do pé, nas palmas das mãos, no couro cabeludo e nos genitais. Ao sinal de qualquer uma dessas alterações, um especialista deve ser consultado para a realização de um exame dermatoscópico, no qual um aparelho aumenta em até 20 vezes a imagem de uma lesão. Com ele é possível identificar um melanoma em estágio inicial.

EM GERAL, AS “PINTAS PROBLEMA” COSTUMAM SER:
Nota: Segundo os especialistas, as pintas que costumam virar um câncer são as que contêm pigmentos mais pretos. “Mas não existe regra”, alerta o dermatologista Moisés. Segundo ele, o mais relevante são as alterações que as pintas sofrem e sua cor serve mais como um alerta.

PINTAS COM RELEVO EXIGEM CUIDADOS ESPECIAIS?
Nota: Pintas com relevo exigem alguns cuidados especiais, pois o risco de sofrerem traumas é maior. Neste caso, a regra é operar sempre que estiver em um local comprometedor, como a barba ou as axilas, por exemplo. “Dependendo da pinta, ela ainda pode ser submetida a um exame de dermatoscopia, que avalia o risco de ela sofrer alterações e se tornar maligna”, explica o dermatologista Moisés.

QUANDO É RECOMENDADO REMOVER UMA PINTA BENIGNA E SEM POTENCIAL CANCEROSO?
Nota: A necessidade ou não de operar uma pinta deve ser discutida com um profissional, pois ainda que pequena, a intervenção lesiona a pele e deixa cicatrizes. Recomenda-se operar pintas localizadas em regiões de muito atrito, como a barba, para evitar a repetição de traumas no local, pois se não tratadas corretamente podem infeccionar. “A intervenção também é indicada para nevus displásicos, ou seja, pintas que apresentam alterações e, consequentemente, maior risco de ser ou se tornar um câncer”, aponta o dermatologista Moisés Albuquerque, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

*** Minha Vida.

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