FONTE: CORREIO DA BAHIA.
Apesar do problema de calendário citado pelo secretário, ele admitiu que o Executivo também não fechou uma proposta única sobre as mudanças.
O governo desistiu de votar no próximo mês as mudanças nas regras das aposentadorias, como o fim do fator previdenciário, conforme havia anunciado o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho. “Havia a intenção do presidente da Câmara (Marcos Maia) de votar em agosto, mas em função do calendário de medidas provisórias não foi possível avançar nas negociações com o Congresso. Então, não há mais previsão de quando será isso”, disse o secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim.
Apesar do problema de calendário citado pelo secretário, ele admitiu que o Executivo também não fechou uma proposta única sobre as mudanças. Além da Previdência Social, se debruçam sobre as novas medidas os ministérios da Fazenda e do Planejamento. “O governo ainda não chegou a um estudo único”, admitiu Rolim.
O secretário salientou que, nos moldes de hoje, o sistema previdenciário brasileiro é muito parecido com o grego, um dos estopins da crise naquele país. Questionado se o Brasil poderia se tornar a próxima Grécia em razão dessa semelhança, Rolim apenas comentou: “Este é um ponto”.
O secretário, assim como o ministro da pasta, Garibaldi Alves Filho, defende o fim do fator previdenciário. “As pessoas se aposentam cedo, mas com um corte brutal do fator, que corta 31% do benefício. Não dá para imaginar que é viável as pessoas se aposentarem em média com 54 anos. Em nenhum lugar do mundo isso se sustenta”, Ele acrescentou que as pessoas se aposentam jovens no Brasil, mas continuam trabalhando.
“Naquele momento, é um adicional de renda, por isso aceita um corte de 31% em média. Para muita gente é maior de 50%. Quando chega na velhice ele vai viver com benefício que foi fortemente reduzido”, disse.
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