FONTE: Raquel Camargo, do UOL, em São Paulo (eleicoes.uol.com.br).
Uma cartilha que avalia candidatos e partidos políticos pelos homossexuais foi elaborada e divulgada na internet. Batizado "Cartilha LGBT para as Eleições 2012/2014", o material é assinado por membros da LGBT (Lésbicas, Gays, Bisexuais, Transexuais e Transgêneros) Brasil do Orkut.
Segundo a cartilha, candidatos do PR -formado da fusão do Prona e do PL- não devem receber votos dos homossexuais, pois o partido pertence a um grupo que deve ser "combatido pelos LGBT". O mesmo vale para o PP.
O senador Magno Malta (PR-ES) e o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) são citados como os principais articuladores de propostas que prejudicam os gays.
Os deputados federais Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Paulo Maluf (PP-SP) também aparecem como candidatos que não devem ser votados "em hipótese alguma".
Álvaro de Lima Oliveira, 38, foi uma das pessoas que ajudou a escrever o documento. Oliveira, que é medico e vive em Guaxupé (MG), disse que contou com outros membros da comunidade na elaboração do trabalho que foi feito todo pela internet.
A ideia de produzir um material que orientasse a comunidade LGBT na hora de escolher seus candidatos surgiu a partir da ausência de uma representação política para esse público. "Todos conhecem a bancada evangélica, mas ninguém sabe quem faz parte da bancada de livre expressão sexual", disse Oliveira.
Dicas de como identificar um político que apoia as causas LGBT e de como votar bem, na ótica do movimento, ocupam parte das 37 páginas da cartilha. Uma avaliação detalhada de cada partido foi feita, sendo que 12 deles são citados de forma negativa, por supostamente atuarem contra as lutas do grupo.
OUTRO LADO.
O deputado federal Jair Bolsonaro disse que se sente "orgulhoso" por fazer parte da lista dos políticos não recomendados pelo movimento.
Segundo sua assessoria de imprensa, Magno Malta informou que irá pedir a retirada do seu nome.
Anthony Garotinho e Maluf preferiram não se pronunciar sobre o assunto.
O trabalho foi lançado em março e os autores não têm estatísticas de visualizações do mesmo, todavia, afirmam que a página criada no Facebook para divulgar o trabalho já conseguiu alcançar mais de 62 mil pessoas.
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