segunda-feira, 23 de julho de 2012

TÉCNICA DOS CONES CHINESES PROMETE DIMINUIR CRISES DE RINITE, SINUSITE E DORES NO OUVIDO...


FONTE: Simone Ota, do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).

Imagine um conta-gotas de vidro gigante que traz numa das extremidades um pavio feito de tecido e um pequeno reservatório onde são colocados azeite de oliva extravirgem ou um mix de óleos essenciais. Agora, visualize uma pessoa deitada de lado com a ponta mais fina desse acessório dentro do ouvido, a haste totalmente na vertical e, na outra ponta, o pavio aceso.

Assim é a sessão dos cones chineses, técnica milenar que já foi usada por índios para combater a dor de ouvido e hoje é indicada para eliminar o zumbido, diminuir os sintomas de sinusite, rinite, labirintite ou aumentar o intervalo entre as crises.

Segundo a terapeuta holística Susi Kelly Benevides, autora do livro Cones Chineses (editora Madras), isso é possível porque a queima do pavio reduz a quantidade de oxigênio dentro do cone, gerando uma pequena pressão capaz de movimentar a cera ou o muco no canal auditivo.

“Com isso, o ouvido fica limpo, o que consequentemente beneficia o nariz e a garganta, já que estão todos interligados”, conta a especialista, que apresentou a técnica na 1ª Expo Saúde Alternativa, que aconteceu nos dias 23 e 24 de junho no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo.

A IMPORTÂNCIA DO CERUME.
Para o otorrinolaringologista Arthur Castilho, do Hospital Bandeirantes, em São Paulo, o alívio da dor de ouvido prometido pelos cones está relacionado ao calor. “É que, ao promover uma vasodilatação, há melhora na circulação e redução do edema, efeito semelhante ao obtido com a bolsa de água quente ou a toalha aquecida com o ferro de passar roupa”, diz o médico, que não vê com bom olhos a mobilização da cera pelos cones chineses.

“Ao contrário do que muita gente pensa, o cerume protege o ouvido de infecções, bloqueando a entrada de micro-organismos, e não precisa ser removido, já que o excesso sai naturalmente com os movimentos de mastigação. Somente em pouquíssimos casos, como excesso de produção de cera ou quando ela é empurrada com hastes de algodão, por exemplo, é que a retirada é recomendada”, completa o médico.

SESSÃO DURA 30 MINUTOS.
Originalmente, os cones chineses eram feitos de vários tipos de materiais, como tecido de algodão e folha de bananeira seca, e conhecidos como vela de ouvido, cones de hindu, canudos de ouvido ou de hopi.

De acordo com a terapeuta, durante a sessão, que dura 30 minutos, a pessoa pode sentir um ligeiro calor, ter a sensação de líquido escorrendo pelo ouvido ou sentir gosto de fumaça na boca. Assim que o cone de vidro é retirado, tem-se a impressão de que o som está mais alto e o ouvido mais ventilado e uma nítida sensação de bem-estar.

“Isso porque tanto os nervos auditivos quanto o labirinto, que é responsável pelo equilíbrio, foram sensibilizados pelo calor da fumaça oleosa”, diz Susi, que só não recomenda a terapia para quem perfurou o tímpano, passou por algum tipo de cirurgia ou fez lavagem no ouvido há menos de três meses.

Segundo a terapeuta, uma sessão é suficiente para conter a dor de ouvido e, entre três e sete, sendo uma por semana, para aliviar os sintomas da sinusite, rinite e labirintite.

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