sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

CARÊNCIA DE VITAMINA ‘D’ EM GRANDES CIDADES ATINGE ÍNDICES ALARMANTES, PRINCIPALMENTE ENTRE IDOSOS...


FONTE: *** Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).

 
    A carência de vitamina D em grandes centros urbanos como São Paulo já atingiu índices alarmantes, especialmente entre os idosos. O alerta é da médica Marise Lazaretti Castro, professora da Disciplina de Endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), chefe do Setor de Doenças Osteometabólicas da Escola Paulista de Medicina e pesquisadora do tema há mais de 15 anos.

Em entrevista à Agência Fapesp, ela conta que uma pesquisa feita na cidade de São Paulo mostrou que 92% dos 177 idosos institucionalizados avaliados tinham valores insuficientes de vitamina D. No caso dos 243 idosos que moravam em domicílio, o número foi de 85%. Entre os 141 jovens que compuseram o grupo controle, a taxa foi de 40%.

Ao se avaliar a proporção de pessoas com deficiência de vitamina D, que são valores ainda mais abaixo do ideal, o índice foi de 40% entre os idosos institucionalizados, 15% entre idosos em domicílio e 5% entre os jovens.

Segundo a médica, a pesquisa foi concluída em 2004 e estudos posteriores indicaram que, embora os números de deficiência entre idosos institucionalizados sejam assustadores, eles continuam não recebendo suplementação.

A deficiência do nutriente aumenta muito o risco de fraturas por osteoporose. Além disso, pode causar uma doença grave: a osteomalácia, que é o amolecimento dos ossos. Também causa fraqueza muscular. Estudos recentes têm associado a deficiência de vitamina D a uma série de outros problemas de saúde, como câncer de mama, de próstata, colorretal, além de condições autoimunes, como diabetes e esclerose múltipla.

Falta de sol.

Ela explica que a alimentação inadequada não é a vilã, e sim a falta de exposição solar. A maior parte do nutriente é sintetizada na pele, com o estímulo dos raios ultravioleta. O processo é prejudicado pelo uso de filtros.

"Costumam dizer que 20 minutos de exposição nas primeiras horas da manhã ou no fim da tarde são suficientes, mas isso não é necessariamente verdade. É difícil você saber ao certo o quanto de sol é necessário. Pessoas negras precisam de mais tempo do que pessoas brancas e os idosos levam pelo menos o triplo do tempo para produzir a mesma quantidade de vitamina que os jovens", afirmou Castro.

Suplementação.

O estilo de vida moderno, afirmou a pesquisadora, não favorece os banhos de sol. A fim de se adequar à nova realidade, é preciso suplementar.

Trabalhos recentes mostram que a ingestão diária fica abaixo de 100 unidades de vitamina D por dia. São poucos os alimentos com quantidades significativas e eles não são consumidos com muita frequência – peixes gordos como atum, salmão e cavala. "Agora começaram a surgir alimentos fortificados com vitamina D, como iogurte e leite. Pode ser que melhore um pouco a ingestão, mas não acho que vai suprir a quantidade ideal", afirma a médica.

Para Castro, a suplementação com vitamina D deveria fazer parte da rotina de acompanhamento geriátrico e ser regra entre os grupos de risco para fratura, como idosos institucionalizados, pacientes com lúpus, portadores de osteoporose e mulheres na pós-menopausa.

01 – O consumo de três a quatro porções diárias de produtos lácteos é fundamental para a prevenção da osteoporose. "Há outros alimentos ricos em cálcio também, mas nenhum se compara ao leite e seus derivados", diz a nutricionista Laís Cruz, da RG Nutri. Quem possui intolerância ao açúcar do leite pode optar pelos produtos com baixos níveis de lactose. Já o leite de soja não é tão rico no mineral.

02 – Vegetais como o brócolis são ricos em cálcio e devem ser incluídos na dieta para prevenir a osteoporose.

03 – A couve, que faz parte da típica feijoada, e outras folhas escuras também são vegetais riquíssimos em cálcio e não devem ser dispensados.

04 – Óleo de peixe, sardinha (na foto), atum e salmão são itens que contêm cálcio. Além disso, são ricos em vitamina D, que tem papel importante na fixação do cálcio no organismo.

05 – A exposição solar em horários seguros e com a proteção adequada é fundamental para fazer a vitamina D agir e fixar o cálcio nos ossos.

06 – A prática de atividades físicas, principalmente com exercícios de força e resistência muscular, contribui para fortalecer a matriz óssea.

07 – O cigarro, assim como o excesso de bebida alcoólica, prejudica a absorção de cálcio pelo organismo, por isso deve ser abolido para prevenir a osteoporose.

08 – Alguns alimentos podem atrapalhar a absorção do cálcio, como o café e outros itens ricos em cafeína. Por isso é preferível consumir o leite puro, ou batido com frutas, em vez de optar pelo tradicional "pingado".

*** Com Agência Fapesp.

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