FONTE: GIULIANA DE TOLEDO, COLABORAÇÃO PARA A FOLHA (www1.folha.uol.com.br).
Dietas de desintoxicação podem trazer riscos se as restrições alimentares adotadas forem radicais e se a prática não for orientada.
Para a nutricionista Cynthia Antonaccio, limitar a ingestão de alimentos sólidos pode trazer prejuízos.
Uma das dietas líquidas mais famosas é a "master cleanse" --conhecida por já ter sido usada pela cantora Beyoncé e pelos atores Ashton Kutcher e Demi Moore. O método prega a substituição de refeições por uma mistura de água quente, limonada, xarope de "maple" (árvore canadense) e pimenta caiena durante dez dias.
Segundo Antonaccio, dieta líquida não é recomendada, porque não traz uma quantidade de calorias suficiente e não faz o organismo trabalhar perfeitamente.
A fome decorrente do cardápio limitado pode provocar fraqueza, mau humor, piora no desempenho cognitivo e, consequentemente, queda no rendimento nos estudos e no trabalho.
"O pior de tudo é que não é durável. A pessoa tende a voltar para a dieta 'trash' de antes. Com essas tentativas, só se está adiando o processo de ficar em paz com a comida, para finalmente estabelecer um padrão alimentar adequado", afirma.
Cortar grupos alimentares para emagrecer é arriscado. Para o hepatologista Raymundo Paraná, dietas que mudam radicalmente o metabolismo não são seguras.
Segundo ele, regimes que proíbem comer proteínas podem, em vez de desintoxicar, agravar doenças no fígado que não tenham manifestado sintomas, como hepatites.
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