FONTE: CORREIO DA BAHIA.
Medicamento para acne é constantemente prescrito como anticoncepcional.
A agência responsável por regular os medicamentos na França confirmou que a morte de quatro mulheres no país estão ligadas ao uso do Diane 35, um remédio para acne que costuma ser receitado como contraceptivo. A notícia é do jornal francês "Le Figaro".
O jornal teve acesso a um relatório confindencial do órgão sobre as complicações do medicamento. As mortes teriam sido causadas por trombose venosa profunda e há também relatos de usuários que sofreram AVC, entre outros problemas.
O documento mostra que nos últimos 25 anos foram 125 mulheres a ter complicações que deixaram a vida em risco por conta do uso do Diane 35 e seus genéricos.
Com essas informações, a Agência Europeia de Medicamento (Ema, no original) decidiu iniciar uma investigação sobre o remédio e outras pílulas como Yaz e Yasmin.
No Brasil, a Anvisa informou que está atenta ao caso e acompanha os possíveis desdobramentos.
Efeitos colaterais.
A fabricante Bayer divulgou comunicado oficial dizendo que ainda tem que estudar as alegações para fazer comentários, já que ainda não havia sido oficialmente informada sobre o relatório pela agência francesa.
A empresa diz que os potenciais efeitos colaterais do produtos são descritos na bula. A Bayer ainda ressalta que o medicamento é para tratamento de acne em mulheres, "não sendo indicado com um método de contraceptivo oral".
Comercializado em 116 países, o Diane 35 é aprovado na maioria deles como remédio contra a acne. Sua prescrição como anticoncepcional, porém, é comum em todo mundo. A cartela do remédio é idêntica a de anticoncepcionais, com 21 comprimidos pequenos.
No Brasil, a indicação é para a acne, além de "alopecia androgênica; casos leves de hirsutismo síndrome de ovários policísticos".
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