FONTE: GIULIANA DE TOLEDO, COLABORAÇÃO PARA A FOLHA (www1.folha.uol.com.br).
Para as medicinas indiana e chinesa, a desintoxicação é vista como uma forma de tratar doenças.
A roteirista de cinema e televisão Mariana Vielmond, 32 anos, tinha asma desde criança e já havia tentado, sem sucesso, tratamentos com acupuntura e homeopatia.
Até que resolveu procurar uma terapeuta especialista em medicina indiana ayurveda e, por dez dias, seguiu um cardápio sem pão e proteína animal. "Não senti fome porque a quantidade de alimento não era limitada. Senti uma leveza diferente", lembra.
Massagens e aulas de ioga também fizeram parte da terapia, que "exigiu dedicação". Desde o tratamento, em dezembro de 2011, a carioca não toma mais remédio e diz que as crises desapareceram. A insônia que tinha às vezes também passou.
Mariana ainda segue a alimentação ayurvédica, sempre baseada no perfil do paciente. "No ayurveda, tudo é remédio e tudo é veneno, depende de como se aplica", diz Erick Schulz, vice-presidente da Associação Brasileira de Ayurveda. Ele descarta o uso de listas prontas que indiquem alimentos desintoxicantes --mesma visão da medicina tradicional chinesa.
Em casos de doenças, pode ser recomendado pelo ayurveda um detox radical, com vômitos, diarreias, limpeza pelas narinas e uso de sanguessugas. O tratamento só é feito na Índia.
Na tradição chinesa, a desintoxicação é feita por meio de mudanças alimentares, acupuntura, uso de fitoterápicos e meditação.
Segundo Ruy Tanigawa, presidente da Associação Médica Brasileira de Acupuntura, a terapia é indicada como tratamento auxiliar. "Em caso de doenças mais graves, o mais indicado é procurar o que há de melhor, e a medicina convencional tem muito a oferecer", afirma.
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