FONTE: CORREIO DA BAHIA.
Remoções de pelo que seguem a tendência brasileira aumentaram em cinco vezes o número de atendimentos de pessoas com feridas em órgãos sexuais nos EUA.
De acordo com pesquisas realizadas na França, depilações "à moda brasileira" têm causado um aumento no risco de contágio de infecções virais na pele. Os cientistas encontraram "microtraumas" causados pela depilação a cera que podem auxiliar a entrada do vírus Molluscum contagium.
O caso foi publicado pelo jornal britânico Daily Mail que apurou que a transmissão da infecção acontece de forma muito fácil, através do contato pele-com-pele entre os parceiros sexuais ou através do manuseio de objetos como toalhas. A doença pode afetar principalmente crianças ou pessoas que tenham o sistema imune comprometidos por alguma condição ou uso de medicamento.
Segundo os pesquisadores, é possível concluir que o aumento destas infecções está relacionada com a crescente popularização de depilações do tipo em países europeus nos últimos anos. Eles analisaram clientes de uma clínica de depilação da cidade de Nice, na França, entre os meses de janeiro de 2011 e março de 2012.
De todos os frequentadores, 30 pessoas foram infectadas pelo vírus e apresentaram pápulas peroladas (pequenas saliências no órgão sexual) que, em alguns casos chegou a se espalhar pelo abdôme e pelas coxas. Cerca de 93% dos 30 pacientes tiveram seus pelos removidos.
No ano passado, de acordo com pesquisa da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, depilações como as que são realizadas no Brasil com cera e se popularizaram em diversos países, aumentaram em cinco vezes o número de mulheres atendidas em hospitais com feridas em seus órgãos sexuais.
Entre 2002 e 2012, cerca de 16 mil pessoas foram parar em salas de emergência em hospitais americanos por ferimentos nos genitais.
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