FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Apesar de ser um procedimento corriqueiro e, na maioria das vezes, com finalidade estética, a cirurgia de correção das pálpebras e a aplicação de toxina botulínica são procedimentos que visam corrigir possíveis alterações patológicas desta região.
As pálpebras são pregas de pele cuja função é proteger o globo ocular e preservar as suas estruturas.
A dermatocalase corresponde ao excesso de pele e gordura tanto nas pálpebras superiores e inferiores, decorrente do processo de envelhecimento sem predileção pelo sexo feminino ou masculino. O acúmulo de pele na região dos olhos pode atrapalhar o campo de visão lateral. As pálpebras inferiores podem levar a um aumento da frouxidão de tecidos musculares e consequentemente quadros de lacrimejamento, que não causam alteração na acuidade visual, mas desconforto para os pacientes.
O blefaroespasmo é uma alteração patológica caracterizada por contrações involuntárias do piscar que, em alguns casos, pode ocasionar aumento da pressão intraocular, além de desconforto visual. Essas alterações podem ser corrigidas com a aplicação da toxina botulínica.
A especialista em Plástica Ocular e Vias Lacrimais do Hospital CEMA, em São Paulo, Rita de Cássia Lima Obeid, desmistifica a relação única e exclusiva da plástica ocular com a cirurgia estética e fala da importância destes procedimentos para a preservação da saúde dos olhos.
Segundo a médica, quando esses sintomas começam a atrapalhar a qualidade da visão e o bem-estar, é sinal de que o oftalmologista deve ser procurado. O diagnóstico deve ser realizado preferentemente com a ajuda de um profissional da área de Plástica Ocular, bem como os procedimentos cirúrgicos para assim minimizar possíveis alterações patológicas.
“Hoje em dia é muito frequente esses procedimentos serem realizados pelo oftalmologista especializado nesta área. A má prática cirúrgica da correção das pálpebras pode levar a lesões oculares que variam desde alterações estéticas a úlceras de córnea e situações extremas, como a perda de visão”, afirma a especialista do CEMA.
Outra prática muito relacionada com a vaidade é a aplicação de toxina botulínica para a correção de rugas laterais ou entre as sobrancelhas que são um verdadeiro incômodo para as mulheres. “Complicações como ptose, ou seja, pálpebra caída, assimetrias faciais e até visão dupla são situações frequentes, mas reversíveis e requerem cuidado e técnica na aplicação da toxina botulínica”, ressalta a médica.
A cirurgia para correção das pálpebras também chamada de blefaroplastia é realizada com anestesia local e sedação em ambiente cirúrgico com avaliação clínica prévia. O paciente vai embora no mesmo dia e o repouso varia em média de uma a duas semanas, dependendo de cada caso especificamente. Já a aplicação da toxina botulínica é feita no consultório, não necessitando de internação.
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