segunda-feira, 25 de março de 2013

ESTUDO ASSOCIA DISTÚRBIO DO SONO COM DESENVOLVIMENTO DE DEMÊNCIA...


FONTE: *** Dr. Tufi Dippe Jr (portaldocoracao.uol.com.br).


O indicador mais forte de que um homem está desenvolvendo demência com corpos de Lewy (DCL) – a segunda forma mais comum de demência em idosos – é reagir fisicamente aos sonhos durante o sono revela pesquisadores da Clínica Mayo.

A demência caracteriza-se pela presença de alterações das funções cognitivas (memória, linguagem, planejamento, habilidades visuais-espaciais) e muitas vezes, também, do comportamento (apatia, agitação, agressividade, delírios, entre outros), que limitam progressivamente a pessoa nas suas atividades da vida diária, sejam profissionais, sociais, de lazer ou mesmo domésticas e de auto-cuidado.

A probabilidade de pacientes sofrerem de demência com corpos de Lewy é cinco vezes maior entre aqueles que apresentam um problema conhecido como distúrbio comportamental do sono conhecido como REM (rapid eye movement), do que entre pacientes com um dos fatores de risco usados atualmente para o diagnóstico, tais como cognição flutuante ou alucinações, de acordo com o estudo.

A descoberta foi apresentada no encontro anual da Academia Americana de Neurologia em San Diego, Califórnia. O distúrbio de comportamento do sono REM é causado pela perda da paralisia normal dos músculos, que ocorre durante o sono REM. Isso pode acontecer três décadas ou mais, antes do diagnóstico de DCL em homens, dizem os pesquisadores. A ligação entre DCL e o distúrbio do sono não é tão forte em mulheres, afirmam.

“Embora certamente seja verdade, que nem todas as pessoas que têm distúrbio do sono desenvolvem a demência com corpos de Lewy, cerca de 75 a 80 por cento dos homens com demência com corpos de Lewy sofreram distúrbio de comportamento do sono REM, conforme nossa base de dados. Portanto esse distúrbio é um marcador muito eficiente para esse tipo de demência”, diz a principal pesquisadora do estudo, a neurocientista da Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida, Melissa Murray.

“A descoberta do estudo pode melhorar o diagnóstico da demência, o que pode resultar em tratamentos benéficos para os pacientes”, ela diz.

“Exames de distúrbio do sono em pacientes com demência podem ajudar os médicos a diagnosticar tanto a demência com corpos de Lewy como a doença de Alzheimer”, afirma a neurocientista da Mayo. “Em alguns casos, pode ser muito difícil, perceber a diferença entre os dois tipos de demência, especialmente quando as doenças estão em seus estágios iniciais, mas descobrimos que apenas de 2 a 3 por cento dos pacientes com doença de Alzheimer têm uma história de distúrbio do sono”, ela explica.

Uma vez que o diagnóstico da demência com corpos de Lewy é feito, os pacientes podem adotar medicamentos que solucionam problemas cognitivos, ela diz. Não há cura para a doença, até o momento.

*** Fonte: SPMJ Comunicação.

  Dr. Tufi Dippe Jr

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