FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 4,9 milhões de óbitos ocorrem por ano em função do consumo de tabaco e ,pelo menos, sete fumantes passivos morrem por dia em decorrência da inalação da fumaça do cigarro de terceiros. A instituição considera o tabagismo como principal causa de morte evitável em todo o mundo. Segundo o Inquérito Domiciliar sobre Comportamentos de Risco e Morbidade Referida de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, realizado nos anos de 2002 e 2003, entre pessoas de 15 anos ou mais, residentes em 15 capitais brasileiras e no Distrito Federal, a prevalência de tabagismo variou de 12,9% a 25,2%.
A pesquisa também mostrou que a concentração de fumantes é maior entre as pessoas com menos de oito anos de estudo do que entre pessoas com oito ou mais anos de estudo. Em relação à prevalência de experimentação e uso de cigarro entre jovens, de acordo com estudo realizado entre escolares, a prevalência da experimentação variou de 36% a 58% no sexo masculino e de 31% a 55% no sexo feminino, enquanto a prevalência de escolares fumantes atuais variou de 11% a 27% no sexo masculino e 9% a 24% no feminino.
Conforme a pesquisa realizada pelo Projeto Internacional de Avaliação da Política do Controle do Tabaco (Projeto ITC), os brasileiros fumam, em média, 15,4 cigarros por dia e 92% dos fumantes disseram fumar diariamente. Aproximadamente 91% informaram ser dependentes dos cigarros, com 52% sendo “muito dependentes”. Mais de 91% dos fumantes admitem estar preocupados com problemas de saúde futuros devido ao cigarro, e 82% disseram que o tabagismo já prejudicou a saúde. Finalmente, 91% deles arrependem-se de ter começado a fumar; o que representa o terceiro maior nível de arrependimento observado entre os países que fazem parte do ITC.
Em decorrência desta realidade, a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolheu este ano o tema Tabaco e Gênero, com ênfase no tabagismo feminino, para as ações do Dia Mundial sem Tabaco, comemorado hoje. O objetivo é alertar sobre as estratégias que a indústria do tabaco utiliza para atingir o público feminino e os males que seus produtos causam à saúde da população e ao meio-ambiente. No Brasil, o INCA está desencadeando uma campanha, com o slogan “Mulher, você merece algo melhor que o cigarro!”.
Na Bahia, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), por meio do Programa de Controle do Tabagismo, está desenvolvendo uma série de atividades alusivas ao Dia Mundial sem Tabaco, entre elas o envio do Manual de Orientações, elaborado pelo INCA, para as diretorias regionais de Saúde (Dires) e secretarias municipais de saúde. Hoje, a partir de 14 horas, na Biblioteca Central dos Barris, o pneumologista Francisco Hora, do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, realiza uma palestra sobre o tema “A Mulher e o Tabagismo”A Sesab realiza ainda um “papo” interativo, com distribuição de material educativo, das 11h30 às 14h, no restaurante do Sesc, no Comércio, e apoiando o VIII Simpósio Anti Tabagismo, no Hospital Aristides Maltez, e o evento Salvador Saudável, iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que acontece na Praça da Piedade, das 9 às 12h.
A pesquisa também mostrou que a concentração de fumantes é maior entre as pessoas com menos de oito anos de estudo do que entre pessoas com oito ou mais anos de estudo. Em relação à prevalência de experimentação e uso de cigarro entre jovens, de acordo com estudo realizado entre escolares, a prevalência da experimentação variou de 36% a 58% no sexo masculino e de 31% a 55% no sexo feminino, enquanto a prevalência de escolares fumantes atuais variou de 11% a 27% no sexo masculino e 9% a 24% no feminino.
Conforme a pesquisa realizada pelo Projeto Internacional de Avaliação da Política do Controle do Tabaco (Projeto ITC), os brasileiros fumam, em média, 15,4 cigarros por dia e 92% dos fumantes disseram fumar diariamente. Aproximadamente 91% informaram ser dependentes dos cigarros, com 52% sendo “muito dependentes”. Mais de 91% dos fumantes admitem estar preocupados com problemas de saúde futuros devido ao cigarro, e 82% disseram que o tabagismo já prejudicou a saúde. Finalmente, 91% deles arrependem-se de ter começado a fumar; o que representa o terceiro maior nível de arrependimento observado entre os países que fazem parte do ITC.
Em decorrência desta realidade, a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolheu este ano o tema Tabaco e Gênero, com ênfase no tabagismo feminino, para as ações do Dia Mundial sem Tabaco, comemorado hoje. O objetivo é alertar sobre as estratégias que a indústria do tabaco utiliza para atingir o público feminino e os males que seus produtos causam à saúde da população e ao meio-ambiente. No Brasil, o INCA está desencadeando uma campanha, com o slogan “Mulher, você merece algo melhor que o cigarro!”.
Na Bahia, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), por meio do Programa de Controle do Tabagismo, está desenvolvendo uma série de atividades alusivas ao Dia Mundial sem Tabaco, entre elas o envio do Manual de Orientações, elaborado pelo INCA, para as diretorias regionais de Saúde (Dires) e secretarias municipais de saúde. Hoje, a partir de 14 horas, na Biblioteca Central dos Barris, o pneumologista Francisco Hora, do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, realiza uma palestra sobre o tema “A Mulher e o Tabagismo”A Sesab realiza ainda um “papo” interativo, com distribuição de material educativo, das 11h30 às 14h, no restaurante do Sesc, no Comércio, e apoiando o VIII Simpósio Anti Tabagismo, no Hospital Aristides Maltez, e o evento Salvador Saudável, iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que acontece na Praça da Piedade, das 9 às 12h.
DADOS PREOCUPANTES.
De acordo com a OMS, o controle da epidemia do tabaco entre as mulheres é parte importante de qualquer estratégia global na promoção da saúde, e o Dia Mundial sem Tabaco é destinado a chamar atenção para os efeitos nocivos do tabaco em relação às mulheres e meninas. Ainda conforme dados da OMS, as mulheres representam cerca de 20% dos fumantes no mundo, ou seja, mais de um bilhão, e enquanto a prevalência de fumantes homens atingiu o pico, as taxas do sexo feminino estão em ascensão.
De acordo com a OMS, o controle da epidemia do tabaco entre as mulheres é parte importante de qualquer estratégia global na promoção da saúde, e o Dia Mundial sem Tabaco é destinado a chamar atenção para os efeitos nocivos do tabaco em relação às mulheres e meninas. Ainda conforme dados da OMS, as mulheres representam cerca de 20% dos fumantes no mundo, ou seja, mais de um bilhão, e enquanto a prevalência de fumantes homens atingiu o pico, as taxas do sexo feminino estão em ascensão.
A COORDENADORA DO PROGRAMA ESTADUAL.
de Controle do Tabagismo, Teresinha Paim, revela que mulheres fumantes de dois ou mais maços de cigarro por dia têm 20 vezes mais chances de morrer de câncer de pulmão do que as mulheres que não fumam. Conforme ela, o tabagismo também está associado ao câncer de colo de útero, segundo tipo mais comum da doença entre as brasileiras.
O pneumologista Francisco Hora, do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, explica que, independentemente do sexo, o tabagismo é uma doença crônica, causada pela dependência do fumo, e que os produtos derivados do tabaco, especialmente os cigarros, são construídos para criar e manter dependência química nos consumidores.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2005, os custos totais do Sistema Único de Saúde (SUS) atribuídos ao tabagismo só com hospitalizações de alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias foram de mais de R$ 338 milhões.
O pneumologista Francisco Hora, do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, explica que, independentemente do sexo, o tabagismo é uma doença crônica, causada pela dependência do fumo, e que os produtos derivados do tabaco, especialmente os cigarros, são construídos para criar e manter dependência química nos consumidores.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2005, os custos totais do Sistema Único de Saúde (SUS) atribuídos ao tabagismo só com hospitalizações de alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias foram de mais de R$ 338 milhões.
‘TRIBUNA DA BAHIA’ FEZ CAMPANHA PIONEIRA.
Antes mesmo que houvesse um boom de campanhas de combate ao tabagismo, a Tribuna, há exatos 30 anos, iniciou um projeto ousado: foi o primeiro veículo de comunicação do mundo a recusar publicidade de cigarros e de qualquer produto ligado ao hábito de fumar.
A decisão foi tomada durante um almoço festivo, no Rotary Clube, quando o pneumologista José Silveira, fundador do Instituto Baiano de Investigação do Tórax (Ibit) palestrou sobre o tema, ressaltando os malefícios do tabagismo. À época, Joaci Góes, então presidente da TB, concordou: “Creio tanto no que o nosso companheiro Silveira está dizendo que quero assumir perante os companheiros do clube o compromisso solene de que a partir deste momento a Tribuna da Bahia não receberá nunca mais anúncio de cigarro. Walter Pinheiro, Chico Aguiar e vocês todos na Tribuna continuem fiéis a esse compromisso”.
PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS.
Em dias normais a professora Eliane Silvério, 35 anos, fuma duas carteiras de cigarro por dia. “Mas se estiver nervosa fumo mais do que isso e já cheguei a quatro carteiras por dia. Foi o meu máximo”, conta. Ela confessa ainda que o vício já prejudicou o trabalho e até a saúde. “Uma vez perdi um emprego por conta do cigarro e constantemente tenho problemas de saúde como crises asmáticas”, diz.
De acordo com especialistas, casos como o de Eliane são bastante comuns. Segundo o pneumologista José Jardim, o cigarro é uma das principais causas dos problemas respiratórios. “É o responsável pelo desenvolvimento de doenças pulmonares como câncer, enfisema, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e infecções. Em 95% dos casos de tabagismo, as lesões no tecido pulmonar causadas pelo cigarro são irreversíveis, mesmo que a pessoa tenha parado de fumar há muitos anos”, alerta.
Segundo ele, a proibição do consumo de cigarro em locais públicos e fechados, como já acontece em Salvador contribui para a diminuição do número de fumantes. “Pois 60% das pessoas que consomem o tabaco não são dependentes e a inibição pode ajudá-los a abandonar este hábito”, acredita.
A SMS dá suporte para quem deseja largar o vício. Dificuldade, superação, força de vontade, ajuda, criação dos filhos, relacionamentos, auto-confiança e a troca de experiências a cada novo encontro. É o que acontece semanalmente com os participantes do Projeto Anti Tabagismo. Homens e mulheres, com idades variadas e experiências de vidas diferentes conversam e trocam figurinhas. O objetivo é desestressar os participantes e levar para a roda diversas situações do dia a dia.
“Não falamos apenas de fumantes ou cigarro. Isso poderia trazer ansiedade e pode causar reincidência. Por isso nosso grupo é bastante diversificado nos temas abordados. A troca de experiências e aprendizagens ajudam a combater a dependência”, explica o coordenador do projeto na Unidade de Saúde da Família do Candeal, Ubiton Nascimento. O objetivo da SMS é fazer com que o fumante abandone o fumo de uma maneira eficiente e saudável.
Em dias normais a professora Eliane Silvério, 35 anos, fuma duas carteiras de cigarro por dia. “Mas se estiver nervosa fumo mais do que isso e já cheguei a quatro carteiras por dia. Foi o meu máximo”, conta. Ela confessa ainda que o vício já prejudicou o trabalho e até a saúde. “Uma vez perdi um emprego por conta do cigarro e constantemente tenho problemas de saúde como crises asmáticas”, diz.
De acordo com especialistas, casos como o de Eliane são bastante comuns. Segundo o pneumologista José Jardim, o cigarro é uma das principais causas dos problemas respiratórios. “É o responsável pelo desenvolvimento de doenças pulmonares como câncer, enfisema, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e infecções. Em 95% dos casos de tabagismo, as lesões no tecido pulmonar causadas pelo cigarro são irreversíveis, mesmo que a pessoa tenha parado de fumar há muitos anos”, alerta.
Segundo ele, a proibição do consumo de cigarro em locais públicos e fechados, como já acontece em Salvador contribui para a diminuição do número de fumantes. “Pois 60% das pessoas que consomem o tabaco não são dependentes e a inibição pode ajudá-los a abandonar este hábito”, acredita.
A SMS dá suporte para quem deseja largar o vício. Dificuldade, superação, força de vontade, ajuda, criação dos filhos, relacionamentos, auto-confiança e a troca de experiências a cada novo encontro. É o que acontece semanalmente com os participantes do Projeto Anti Tabagismo. Homens e mulheres, com idades variadas e experiências de vidas diferentes conversam e trocam figurinhas. O objetivo é desestressar os participantes e levar para a roda diversas situações do dia a dia.
“Não falamos apenas de fumantes ou cigarro. Isso poderia trazer ansiedade e pode causar reincidência. Por isso nosso grupo é bastante diversificado nos temas abordados. A troca de experiências e aprendizagens ajudam a combater a dependência”, explica o coordenador do projeto na Unidade de Saúde da Família do Candeal, Ubiton Nascimento. O objetivo da SMS é fazer com que o fumante abandone o fumo de uma maneira eficiente e saudável.
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