sábado, 5 de junho de 2010

ALIMENTAÇÃO: APENAS PENSAR EM COMIDAS CALÓRICAS JÁ ATIVA O CÉREBRO...

FONTE: *** oqueeutenho.uol.com.br
Uma pesquisa apresentada na reunião anual da Sociedade para o Estudo do Comportamento Alimentar (SSBI), nos EUA, aponta que modelos animais expostos a contextos em que poderia haver uma recompensa (como comidas calóricas) tinham o sistema de recompensa cerebral, conhecido como sistema orexígeno, ativado. Os resultados poderiam explicar como a alimentação pode ser desencadeada por fatores ambientais, mesmo quando não se está com fome.
A “epidemia” de obesidade avança em todo o mundo. E pouco se sabe como a comida afeta diretamente o cérebro, mas há diversas indicações que comidas com sabor acentuado e calóricas têm efeitos no cérebro similares aos de algumas drogas, como a cocaína e a nicotina, atingindo o sistema de recompensa e prazer no cérebro.
Um fator que parece comum a esses dois atos – comer e se drogar – é a ativação do sistema orexígeno. “Nossa pesquisa focou em identificar quais sistemas cerebrais eram ativados por comidas saborosas”, dizem os pesquisadores.
O sistema hipotalâmico orexígeno é conhecido por promover a atenção e o estado de alerta, entretanto, parece que este sistema também participa na regulação dos comportamentos de ação e recompensa, incluindo o consumo excessivo de comidas saborosas, aponta Derrick Choi, principal autor do estudo.
Por conta desse envolvimento do sistema de recompensa na ativação de respostas a comidas saborosas e calóricas, Choi sugere a hipótese de que o sistema orexígeno poderia ser um dos fatores que fariam que as pessoas não conseguissem controlar seus impulsos na hora de comer, o que ajudaria no desenvolvimento da obesidade.
O estudo foi feito com modelos animais (ratos de laboratório) que eram recompensados com chocolate após uma rotina de treinos físicos. Após um tempo, esses animais eram postos em um mesmo ambiente onde pedaços de chocolate estavam presentes, porém inacessíveis. Os pesquisadores observaram que a simples expectativa por terem acesso ao chocolate ativava o sistema orexígeno.
Isso, dizem os pesquisadores, poderia explicar a alimentação excessiva em contextos que fossem associados a experiências prazerosas no passado. “É possível que um tratamento para obesidade, no futuro, combine mudanças de estilo de vida assim como terapias envolvendo fármacos que agem sobre os orexígenos cerebrais, regulando melhor o sistema de ação e recompensa”, diz Choi.

*** com informações da Society for the Study of Ingestive Behavior.

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