FONTE: Lucy Andrade, TRIBUNA DA BAHIA.
O trânsito no Brasil mata por ano mais de 40 mil pessoas. Na Bahia, os dados são assustadores, de janeiro a agosto de 2009 foram registrados mais de cinco mil acidentes. Em Salvador, as estatísticas apontam, em 2009, já com a implantação da Lei Seca, de janeiro a dezembro, mais de 200 mortes e mais de quatro mil feridos. Em 2008, em sete meses, 125 pessoas morreram e 161 ficaram feridas.
Os fatores são diversos, mas entre eles, a causa principal é o comportamento humano, responsável por 90% dos acidentes. Esses e outros temas foram discutidos ontem no III Congresso Brasileiro de Formação de Condutores e Educação para o Trânsito, no Hotel Fiesta. De acordo com especialistas, em países do primeiro mundo, como a Alemanha e os Estados Unidos, a média é de um a dois acidentes para 10 mil veículos. No Brasil, essa média é de seis a oito.
O evento contou com a participação de cerca de 1300 pessoas, entre instrutores, agentes de trânsito e da guarda municipal. As palestras foram ministradas por especialistas em âmbito nacional, como o antropólogo e escritor Roberto DaMatta, que falou sobre o comportamento das pessoas nas vias públicas, que corresponde a 90% dos acidentes. “As pessoas projetam sua personalidades nos seus automóveis, fazem do veículo suas casas, com fotos, ursos de pelúcias, frases, e assim como em suas residências, não obedecem as regras, acham que têm mais direitos do que os outros.
A partir desse direito, buzinam, ultrapassam, fecham o outro carro, dirigem em velocidade excessiva e não respeitam a sinalização”, disse o professor da Puc, do Rio de Janeiro e PHD em antropologia pela Universidade de Harvard, Roberto DaMatta, é a falha humana.
O professor estudou o comportamento das pessoas no trânsito durante três anos e concluiu que o caos nas vias públicas são provocados pela imprudência, desrespeito e falta de educação. “As pessoas precisam viver no sistema igualitário, onde os espaços sejam respeitados. O espaço público é construído pelos veículos possui a impessoalidade, pois você não sabe quem está no outro veículo e por isso quer levar vantagem", disse.
O diretor de operação do Sebrae, Paulo Manso Cabral, disse que a educação no trânsito é o caminho para diminuir os acidentes, que enquanto os condutores e pedestres estiverem pesando de forma individual, as leis sozinhas não podem resolver. “A educação no trânsito tem que ser inclusa no cronograma escolar, é preciso que as crianças cresçam sabendo que a via pública pode matar. Já estou apavorado pensando em quando meu filho tiver 18 anos e sair pelas ruas com o carro. Já estou cansado em ir ao sepultamento dos filhos dos meus amigos”, ressaltou.
Além do comportamento das pessoas, outros fatores contribuem para os acidentes como a impunidade, legislação deficiente, fiscalização precária, vias inapropriadas. No primeiro dia do congresso foram discutidos os temas: Trânsito e comportamento; perspectiva da educação tecnológica da Universidade Federal da Bahia; Como será o amanhã; Direção segura; Infrações de trânsito, entre outros. O evento contou com a participação José Hamilton Sampaio, do Sebrae, César Urnhani, piloto de testes da Pirelli, além de representantes da Ufba, Detran, Transalvador, Fenasdetran, Senat.
Hoje, serão apresentados temas como Motociclistas; Seu carro, sua casa sobre rodas; Mobilidade urbana e suas saídas, dentre outros.
O trânsito no Brasil mata por ano mais de 40 mil pessoas. Na Bahia, os dados são assustadores, de janeiro a agosto de 2009 foram registrados mais de cinco mil acidentes. Em Salvador, as estatísticas apontam, em 2009, já com a implantação da Lei Seca, de janeiro a dezembro, mais de 200 mortes e mais de quatro mil feridos. Em 2008, em sete meses, 125 pessoas morreram e 161 ficaram feridas.
Os fatores são diversos, mas entre eles, a causa principal é o comportamento humano, responsável por 90% dos acidentes. Esses e outros temas foram discutidos ontem no III Congresso Brasileiro de Formação de Condutores e Educação para o Trânsito, no Hotel Fiesta. De acordo com especialistas, em países do primeiro mundo, como a Alemanha e os Estados Unidos, a média é de um a dois acidentes para 10 mil veículos. No Brasil, essa média é de seis a oito.
O evento contou com a participação de cerca de 1300 pessoas, entre instrutores, agentes de trânsito e da guarda municipal. As palestras foram ministradas por especialistas em âmbito nacional, como o antropólogo e escritor Roberto DaMatta, que falou sobre o comportamento das pessoas nas vias públicas, que corresponde a 90% dos acidentes. “As pessoas projetam sua personalidades nos seus automóveis, fazem do veículo suas casas, com fotos, ursos de pelúcias, frases, e assim como em suas residências, não obedecem as regras, acham que têm mais direitos do que os outros.
A partir desse direito, buzinam, ultrapassam, fecham o outro carro, dirigem em velocidade excessiva e não respeitam a sinalização”, disse o professor da Puc, do Rio de Janeiro e PHD em antropologia pela Universidade de Harvard, Roberto DaMatta, é a falha humana.
O professor estudou o comportamento das pessoas no trânsito durante três anos e concluiu que o caos nas vias públicas são provocados pela imprudência, desrespeito e falta de educação. “As pessoas precisam viver no sistema igualitário, onde os espaços sejam respeitados. O espaço público é construído pelos veículos possui a impessoalidade, pois você não sabe quem está no outro veículo e por isso quer levar vantagem", disse.
O diretor de operação do Sebrae, Paulo Manso Cabral, disse que a educação no trânsito é o caminho para diminuir os acidentes, que enquanto os condutores e pedestres estiverem pesando de forma individual, as leis sozinhas não podem resolver. “A educação no trânsito tem que ser inclusa no cronograma escolar, é preciso que as crianças cresçam sabendo que a via pública pode matar. Já estou apavorado pensando em quando meu filho tiver 18 anos e sair pelas ruas com o carro. Já estou cansado em ir ao sepultamento dos filhos dos meus amigos”, ressaltou.
Além do comportamento das pessoas, outros fatores contribuem para os acidentes como a impunidade, legislação deficiente, fiscalização precária, vias inapropriadas. No primeiro dia do congresso foram discutidos os temas: Trânsito e comportamento; perspectiva da educação tecnológica da Universidade Federal da Bahia; Como será o amanhã; Direção segura; Infrações de trânsito, entre outros. O evento contou com a participação José Hamilton Sampaio, do Sebrae, César Urnhani, piloto de testes da Pirelli, além de representantes da Ufba, Detran, Transalvador, Fenasdetran, Senat.
Hoje, serão apresentados temas como Motociclistas; Seu carro, sua casa sobre rodas; Mobilidade urbana e suas saídas, dentre outros.
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