terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

RONCO PODE SER UM RISCO...

FONTE: Cristiane Flores, TRIBUNA DA BAHIA.
Dormir deveria ser um momento de relaxamento físico e mental, entretanto, pode se tornar um tormento tanto para quem sofre de algum distúrbio do sono, quanto para os familiares. Entre os problemas, o mais conhecido é a apneia do sono, popularmente conhecida como ronco, que além do ruído insuportável, pode se tornar um fator de risco para várias doenças. Hoje já existem vários tratamentos que podem resolver o problema.
Os distúrbios respiratórios do sono afetam cerca de 15% da população mundial. “O ronco se caracteriza pela pausa da respiração durante o sono, devido à apneia do sono.
Os portadores deste distúrbio são mais susceptíveis ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, com um risco sete vezes maior de sofrerem um acidente no trânsito ou no trabalho”, alerta a pneumologista Paloma Baiardi que coordena o Laboratório do Sono, localizado no Hospital Espanhol, destacando que “a obesidade, que é hoje uma epidemia mundial, pode ser considerada como principal fator de risco para o surgimento de apneia do sono.
Estudos mostram que nos obesos mórbidos a sua incidência é de 12- 30 vezes maior do que na população em geral”, revela.
A médica afirma ainda que a qualidade do sono é fundamental para realizar as atividades do dia a dia. “As pessoas que não conseguem ter uma boa noite de sono apresentam durante o dia uma queda no rendimento profissional, irritabilidade, ansiedade, depressão, diminuição da memória, déficit de atenção, cansaço excessivo e sonolência.
No caso da apneia do sono, que é a obstrução das vias aéreas que acomete mais os homens obesos a partir dos 40 anos, pode inclusive agravar o risco de doenças cardiovasculares, por isso a importância de diagnosticar e tratar a doença” salienta.
“Além do sono ruim, o paciente com apneia do sono também pode estar exposto a vários problemas desencadeados pela noite mal dormida, como uma queda no rendimento, impotência sexual, acidentes, cansaço, mesmo dormindo oito horas por dia, enfim compromete a qualidade de vida” explica a pneumologista.
Para diagnosticar não só a apneia do sono, como também outros distúrbios hoje já existem unidades específicas como é o caso do Laboratório do Sono, que há três anos, realiza a avaliação diagnóstica dos distúrbios do sono através da Polissonografia, exame que consiste em um registro noturno assistido dos múltiplos parâmetros fisiológicos do sono.
“O paciente passa a noite inteira no Laboratório do Sono, onde será monitorizado, através de sensores que geram informações sobre a eficiência e a qualidade do sono.
A interpretação gráfica destes registros permite o diagnóstico dos principais distúrbios do sono”, conclui.

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