FONTE: Adriano Villela, TRIBUNA DA BAHIA.
Ao garantir um aumento de 20% na remuneração da hora trabalhada, a proposta da prefeitura de Salvador para a operação de Carnaval foi aprovada pelos servidores municipais ligados ao sindicato da categoria, o Sindiseps. A decisão foi tomada em assembléia, realizada durante toda a noite de quinta-feira. Contudo, há possibilidade de parte do funcionalismo não querer participar. Associações setoriais rompidas com a direção do Sindseps querem uma negociação a parte, conduzida pela FAS.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Prefeitura Municipal de Salvador (Sindiseps), Jeiel Webster, a decisão de acolher a proposta da prefeitura é resultado de três dias de negociação com o coordenação do Carnaval, o vice-prefeito Edvaldo Brito, a secretária em exercício da Casa Civil, Lisiane Guimarães, e a Secretaria de Planejamento e Gestão (Sepalg). “A assembleia democraticamente debateu a contraproposta do Executivo e os servidores aprovaram a assinatura do acordo com a Coordenação do Carnaval”, ponderou o sindicalista
O valor da hora trabalhada vai variar de R$ 13,50 a R$ 55, a depender do cargo. Já os tickets alimentação valerão R$ 12, R$ 24 e R$ 30, para as jornadas de seis, oito e 12 horas. No ano passado, o auxílio valia R$ 6. No acordo, a prefeitura se comprometeu a priorizar os servidores municipais na contratação para a Operação Carnaval, ocupar os cargos de chefia por servidor que atua na área, manter a denominação dos cargos e efetivar o pagamento no máximo até a folha de abril.
“É preciso garantir prioridade ao servidor que deseja trabalhar no evento, barrando injustiças praticadas, anos anteriores, quando pessoas alheias à máquina municipal foram contratadas como terceirizadas, sem conhecer a realidade da cidade, e ainda com remuneração maior, por isso o Sindicato afirma que a prioridade é a valorização do trabalho e do trabalhador do serviço público”, avaliou o presidente do Sindseps.
FAS - A Frente de Associação de Servidores (FAS) reuniu entidades ligadas a funcionários das secretarias de Serviços Públicos (Sesp) e Transportes e Infraestrutura (Settin), além dos servidores da Superintendência de Meio Ambiente. Segundo Mércia Arruti, da Associação de Servidores do Transporte e Trânsito, a última eleição no Sindseps está sendo questionada na Justiça.
A frente de associações quer debater com a prefeitura pendências antigas, como tickets alimentação não pagas referentes ainda a 2009. Segundo a assessoria do vice-prefeito, a Fas não participou das reuniões de negociação, onde o funcionalismo municipal foi representado pelo Sindseps.
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