segunda-feira, 28 de maio de 2012

DOENÇAS PROVOCADAS PELO FUMO...




FONTE: Noemi Flores REPÓRTER, TRIBUNA DA BAHIA.

No “Dia Mundial sem Tabaco”, na próxima quinta-feira, profissionais de saúde convocam a sociedade para um momento de reflexão sobre o fumo.

Profissionais de saúde alertam para os vários males que o cigarro pode provocar: doenças como o infarto, o derrame, a isquemia arterial, o enfisema pulmonar e até mesmo, o câncer (não só no pulmão como em todos os órgãos do corpo) e, recentemente, os médicos concluíram que fumantes ficam mais propensos à osteoporose.

Embora as doenças cardíacas façam parte do processo de envelhecimento do ser humano, a utilização do cigarro no decorrer da vida, associada a uma alimentação rica em gorduras, “predispõe a aumentar as chances de a pessoa vir a ter estes problemas mais cedo”, adverte o cardiologista Júlio Braga, coordenador do Serviço de Cardiologia da URNC - Unidade de Recuperação Neurológica e Cardiológica, do Hospital Espanhol .

O especialista explica que não são somente as doenças cardiológicas como o infarto, o derrame cerebral, o enfisema pulmonar e a isquemia arterial que se possa relacionar com o uso abusivo do fumo. O câncer não só do pulmão como em outros órgãos tem a ver também com o cigarro. “A fumaça destrói o pulmão, levando ao enfisema e também a outros órgãos do corpo humano”, afirmou o médico.

Em relação às pessoas que não fumam, embora existam leis em quase todo o país para impedir o uso de cigarro em locais fechados, mesmo assim, há momentos que têm que enfrentar a fumaça alheia, os chamados fumantes passivos. O cardiologista alerta que é como se eles fumassem um cigarro por dia, caso permaneça durante o dia em meio à fumaça de cigarro.

“Tem que se proteger, porque acaba fumando também ao inalar, o que significa que corre o risco também de ter os mesmos problemas de saúde ocasionados pelo uso do cigarro”, concluiu.

O médico Júlio Braga concorda com pesquisa do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) que aponta fumantes propensos à osteoporose devido à absorção do cálcio, mineral essencial na composição dos ossos, que pode ficar comprometida na presença da nicotina no organismo.

“A nicotina inibe a produção de osteoblasto, célula responsável pela produção óssea. Já o monóxido de carbono, principal substância do cigarro, é extremamente venenoso, pois reduz em até 15% a capacidade do sangue de transportar oxigênio.

A diminuição dos níveis de oxigênio no organismo reduz a densidade dos ossos, tornando-os mais frágeis”, esclarece o ortopedista Leonardo Rocha, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into).

PROPENSÃO À OSTEOPOROSE.

O médico prossegue, explicando que em decorrência do cigarro, os fumantes ficam mais propensos à osteoporose, doença caracterizada por ossos mais finos devido à perda de minerais e, consequentemente, mais suscetíveis a fraturas.

“A baixa resistência dos ossos prejudica a recuperação depois de uma cirurgia e torna mais lenta a reação do organismo a tratamentos médicos. O fumo retarda a cicatrização afetando toda a cadeia inflamatória. Fumantes que sofrem fraturas ósseas têm tempo de recuperação 60% mais longo do que pessoas que não fumam”, argumenta Rocha.

De acordo com o ortopedista “a deficiência óssea acentua ainda a possibilidade dos fumantes adquirirem problemas na coluna vertebral e os deixa mais sujeitos à amputação de membros, em função de um distúrbio no sistema circulatório que gera coágulos dentro do vaso sanguíneo”, advertiu. Dados do Ministério da Saúde apontam o fumo como responsável por 200 mil mortes por ano no Brasil. Depois da hipertensão, o cigarro é a segunda maior causa de morte do mundo.

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