FONTE: *** Do UOL, Em São Paulo (noticias.uol.com.br).

Na pesquisa, homens com baixo nível do hormônio receberam a suplementação, similar à reposição hormonal das mulheres na menopausa.
Com os níveis de testosterona normalizados, os homens perderam uma média de 16 kg após cinco anos.
Especialistas advertem, no entanto, que a suplementação pode não ser uma alternativa ao emagrecimento pelo fato de aumentar o risco de câncer de próstata e doenças do coração.
O professor Richard Sharpe, da Universidade de Edinburgh, afirmou que é simplista achar que existe uma solução fácil para a obesidade. Para ele, é mais sensato e seguro que homens diminuam o consumo de calorias para emagrecer e, com isso, elevem seus níveis de testosterona.
Os resultados anunciados na conferência também sugerem que o aumento dos níveis de testosterona também ajudam a diminuir a circunferência da cintura e a pressão arterial.
ANDROPAUSA.
Para o medico Farid Saad, principal autor do estudo, essa descoberta ocorreu por acaso. Os homens estudados receberam o hormônio devido a deficiências, que causavam sintomas como disfunção erétil, fadiga e falta de energia.
“Quando analisamos os dados, descobrimos que eles perdiam peso a cada ano. Isso pode ter ocorrido porque a reposição de testosterona aumentou os níveis de energia e gerou uma mudança de comportamento, tornando-os mais ativos”, relata Saad.
De qualquer forma, enquanto alguns especialistas associam a queda na testosterona ao que se chama de menopausa masculina, com sintomas como alterações de sono, falta de concentração, baixa autoestima e ansiedade, outros não acreditam nessa relação.
O endocrinologista Ashley Grossman, professor da Universidade de Oxford, afirma que os resultados são interessantes, mas estão longe de ser convincentes. Para ele, não é possível dizer com certeza se o emagrecimento foi impulsionado pela suplementação em si.
Grossman diz que vai continuar cético até que estudos mais completos e controlados sejam feitos, comparando o efeito de injeções de testosterona com placebo.
A pesquisa contou com 115 homens obesos de 38 a 83 anos com baixo nível de testosterona. Eles receberam injeções de hormônio a cada 12 semanas. O estudo foi patrocinado pela Bayer, fabricante de produtos para reposição de testosterona e não detectou nenhum risco aumentado de câncer de próstata, efeito colateral que já foi identificado em outros trabalhos.
A relação entre obesidade e testosterona parece ser um círculo vicioso. Há inúmeros estudos mostrando que a obesidade, em particular o acúmulo de gordura no abdome, está associada à redução dos níveis de hormônio e à perda de massa muscular.
Com a idade, especialmente entre 40 e 50 anos, os níveis de testosterona caem lentamente, o que pode predispor os homens à gordura abdominal e, consequentemente, baixar os níveis de testosterona ainda mais.
*** Com BBC.
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