FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) anunciou ontem a suspensão da comercialização de 268 planos de saúde de 37 operadoras, conforme antecipou na semana passada a coluna Mercado Aberto.
A medida, que entra em vigor a partir da próxima sexta-feira (13), é uma punição pelo descumprimento dos prazos máximos de atendimento que entraram em vigor em dezembro de 2011. No total, os planos que tiveram a comercialização suspensa atendem cerca de 7% dos beneficiários de planos de saúde no país, o que equivale a cerca de 3,5 milhões de pessoas. A reportagem é da Folha.
De acordo com o presidente da ANS, Maurício Ceschin, os clientes atuais não serão prejudicados. "Pelo contrário, o que se quer com a medida é melhorar o atendimento dessas pessoas, já que a suspensão dará tempo para as empresas adequarem sua rede de atendimento", disse.
Ele explicou ainda que, caso a empresa insista na comercialização do plano, será aplicada multa de R$ 250 mil. Além disso, poderão ser adotadas medidas administrativas adicionais, como a instalação de um regime de direção técnica, em que uma pessoa nomeada pela ANS passa a acompanhar a gestão do plano. Em casos extremos, também pode ocorrer a alienação da carteira de clientes e o fechamento do plano.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a suspensão da comercialização terá um "caráter pedagógico" não apenas para as operadoras afetadas, mas para todo o mercado. "O objetivo é que a medida crie um padrão de qualidade de atendimento", disse.
DENÚNCIAS - O ministro ressaltou ainda que a punição dos planos só foi possível devido à participação da sociedade, que denunciou o descumprimento dos prazos das operadoras. Nos três primeiros meses de vigência da norma, a ANS recebeu 1.981 reclamações. No trimestre seguinte, foram 4.682.
A partir da quantidade de reclamações, a ANS separou as operadoras por grupos de notas. Foram suspensos os que receberam a pior nota nas duas avaliações.
Todos os planos terão sua performance avaliada novamente daqui a três meses. Só terão a comercialização liberada aqueles que apresentarem melhora na nota atribuída a partir das reclamações.
OPERADORAS NA MIRA.
As operadoras de saúde Green Line Sistema de Saúde S.A e Unimed Paulistana Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico foram as que tiveram o maior número de planos suspensos. No primeiro caso, foram 36 planos; no segundo, 35. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, entre os produtos afetados há planos empresarias, individuais e por adesão. Confira as operadoras com planos suspensos:
Admedico Administração de Serviços Médicos a Empresa
Administradora Brasileira de Assistência Médica
ASL - Assistência a Saúde
Assistência Médico Hospitalar São Lucas
Beneplan Plano de Saúde
Casa de Saúde São Bernardo
Centro Clínico Gaúcho
Centro Transmontano de São Paulo
Excelsior Med
Fundação Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
Fundação Waldemar Barnsley Pessoa
Green Line Sistema de Saúde
Grupo Hospitalar do Rio de Janeiro
HBC Saúde
Memorial Saúde
Nossa Saúde - Operadora Planos Privados de Assistência à Saúde
Operadora Ideal Saúde
Porto Alegre Clínicas S/S
Prevent Senior Private Operadora de Saúde
Real Saúde LTDA
Recife Meridional Assistência Médica
Samp Espírito Santo Assistência Médica
São Francisco Assistência Médica
São Francisco Sistemas de Saúde Sociedade Empresária
Saúde Medicol
SEISA Serviços Integrados de Saúde
SMS Assistência Médica
Social - Sociedade Assistencial e Cultural
SOSAÚDE Assistência Médico Hospitalar
Unimed Brasília Cooperativa de Trabalho Médico
Unimed Fed. Interfederativa das Cooperativas Médicas do Centro-Oeste e Tocantins
Unimed Guararapes Cooperativa de Trabalho Médico
Unimed Maceió Cooperativa de Trabalho Médico
Unimed Paulistana Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico
Universal Saúde Assistência Médica
Vida Saudável
Viva Planos de Saúde
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