FONTE: The New York Times (noticias.uol.com.br).
Estudos clínicos randomizados controlados por placebo são considerados ideais para demonstrar a eficácia e a toxicidade de novos tratamentos e medicamentos, mas, de acordo com um novo estudo, a maioria deles está vinculada a relatórios de baixa qualidade ou a informações parciais sobre benefícios e malefícios.
Os pesquisadores examinaram 164 estudos sobre tratamentos para o câncer de mama publicados entre 1995 e 2011, incluindo estudos de quimioterapia, radioterapia e cirurgia. O periódico Annals of Oncology publicou os resultados online.
Quase um terço dos estudos mostrou um resultado positivo que não estava baseado no objetivo primário do estudo, mas sim em um secundário que, provavelmente, se devia ao acaso. Dois terços dos estudos deixaram de relatar com precisão a toxicidade do medicamento em estudo, segundo os pesquisadores.
Os autores utilizaram uma escala de sete pontos para denunciar a forma como os efeitos secundários foram descritos, dependendo do fato de eles terem aparecido no resumo, terem sido discutidos na conclusão, ou se foram abertamente reconhecidos de outras maneiras. Eles descobriram que quanto mais eficaz se mostrava um tratamento, maior a probabilidade de seus efeitos colaterais ruins terem sido minimizados.
"Relatórios de estudos precisam ser vistos de forma bastante crítica", disse o autor principal, Ian F. Tannock, professor de oncologia médica na Universidade de Toronto. "Muitos deles estão usando tendências para tornar os resultados mais impressionantes do que realmente são. E isso pode ter implicações na escolha do tratamento para cada indivíduo."
Nenhum comentário:
Postar um comentário