sábado, 31 de agosto de 2013

EXERCÍCIO PREVINE CÂNCER DE ESTÔMAGO...

FONTE: Silvana Blesa, TRIBUNA DA BAHIA.

O câncer de intestino é a terceiro tipo da doença em incidência no Brasil, entre os tumores mais freqüentes do sexo masculino, atrás apenas do câncer de estômago, pulmão e próstata. Por outro lado, nos últimos 15 anos, evoluíram bastante os tratamentos voltados à doença, mesmo para aqueles pacientes que já se encontram com metástase.

Segundo a oncologista Patrícia Borrione, manter uma alimentação saudável rica em frutas, verduras, fibras, com baixo teor de proteína de carne vermelha ajuda a prevenir a doença. “É preciso evitar alimentos processados e enlatados. Mudar o estilo de vida influencia muito e a prática de exercícios físicos é de grande ajuda”, comentou a médica.

Um estudo norte-americano recente, publicado na revista Archives of Internal Medicine, sugere que a atividade física é essencial para a sobrevivência ao câncer de intestino. O estudo envolveu cerca de 670 homens com diagnóstico de câncer no intestino.

Os pesquisadores identificaram que os participantes que praticaram exercícios moderados tiveram 53% de chances de sobreviver à doença quando comparados aos que não praticavam atividades físicas. De acordo com os pesquisadores, os benefícios se dão para todas as idades, estágios da doença, peso e até se o histórico de atividade física for baixo. 
Os especialistas advertem que é preciso evitar fast foods, corantes, excesso de álcool e cigarros. O câncer de intestino é favorecido na sua incidência pelo fator idade. Quem vive muito tempo, terá maior chance de contrair esse tipo de câncer, porque certas anormalidades na divisão celular vão se tornando mais frequentes, o que favorece o aparecimento do tumor maligno.
A doença começa sempre como uma lesão benigna que vai evoluindo lentamente até se transformar num tumor maligno. Nessa longa fase de benignidade, é possível retirar a lesão e com isso, impedir sua degeneração e o aparecimento do câncer, daí a grande importância de sua prevenção. Por isso, é excelente que todas as pessoas pudessem fazer uma colonoscopia preventiva por volta dos 50 anos. No entanto, aqueles que mesmo sem atingir essa idade, mas, que apresente algum sintoma, como: mudança do ritmo intestinal, isto é, prisão de ventre ou diarréia sem causa alimentar aparente, sangue nas fezes, bem como anemias sem origem definida, é preciso correr para o médico.

Conforme a médica Patrícia Borrione, é através do exame de colonoscopia, realizado como um rastreamento, onde a função é diagnosticar previamente o estágio da doença, e ao mesmo tempo, indicar um tratamento. “Com isso, é até possível dispensar a necessidade de uma cirurgia aberta. Na prática clínica, a minoria dos pacientes conhece ou já se submeteu a esse exame”.
Borrione ainda expressou que a maioria dos pacientes procura o médico por outros motivos, com outro tipo de câncer. Quando fazem o exame, pela primeira vez, podem ser descobertas lesões malignas. “Em alguns casos, pacientes com doenças metastáticas podem ser submetidos a cirurgias para a retirada das metástases, com chances inclusive de cura”, afirmou oncologista.

A médica ainda reforçou que existem estratégias de rastreamento para detectar lesões pré-malignas ou iniciais de câncer de intestino, além do surgimento de novos medicamentos. Para maior abordagem no assunto, Patrícia Borrione, participará do 3º Congresso Internacional de Oncologia Gastrintestinal do Sírio Libanês. Antes, à sobrevida dos pacientes eram em torno de seis meses, hoje já supera dois anos. O encontro acontecerá em São Paulo, entre os dias 06 a 08 de setembro, onde serão abordadas as novidades dos tumores gastrintestinais.

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