FONTE: Ana Flora Toledo (www.bolsademulher.com).
Remédios para ereção também podem causar dependência psíquica, diz sexólogo.
É da natureza do homem se preocupar com o próprio
desempenho sexual. Muitos deles se cobram excessivamente para manter a ereção,
a fim de demonstrar virilidade e dar prazer à mulher sem falhar na hora H. O
grande problema com essa fixação são os remédios estimulantes, que acabam
servindo de escape e sendo usados de maneira inadequada, o que oferece grande
risco à saúde.
“É muito
perigoso usar o remédio de maneira indiscriminada, ele pode inclusive levar à
morte. Isso pode acontecer aos homens mais velhos ou para quem tem pouco
preparo físico, pois correm grande risco de infarto. Também pode acontecer o
que chamamos de priapismo, que é quando o pênis não relaxa, mantendo a ereção
por um longo período. Se passar de uma hora ereto, é preciso procurar um
médico, pois essa situação pode fazer com que falte oxigenação no órgão, que
pode necrosar e precisar ser removido em processo cirúrgico”, alerta o sexólogo
João Borzino.
A situação é preocupante, já que muitos homens
acabam recorrendo aos medicamentos. Em São Paulo, por exemplo, um levantamento
realizado no Centro de Referência em Saúde do Homem, unidade da Secretaria de
Estado da Saúde, apontou que um em cada cinco homens faz uso inadequado de
estimulante sexual.
O remédio é indicado apenas para casos específicos
de homens que têm dificuldade de dilatação das artérias na região peniana. “Os
estimulantes, na verdade, não são estimulantes, porque o medicamento sim é quem
precisa de um estímulo para funcionar. Ou seja, ele não promove tesão. Ele só
funciona se houver desejo. E se o homem é saudável e consegue promover a ereção
sozinho, o remédio não vai deixar o pênis mais rígido”, afirma Borzino.
A sensação de um desempenho melhor é apenas ilusão
nesses casos. O homem acredita tanto no remédio que passa a ficar mais
confiante e relaxado, sem pressão e medo de falhar. Isso faz com que a relação
flua e o psicológico acredita que foi por conta do medicamento.
“Essa situação pode levar à dependência psíquica, e o homem vai acabar
sempre apelando para o estimulante”, diz o especialista, que explica como é
possível conseguir um bom desempenho sem precisar de remédios. “O medo é
resultado de uma má educação sexual. O homem precisa procurar consciência
afetiva, saber que o sexo está ligado ao emocional. É preciso deixar de se
preocupar só com o que a mulher vai pensar do desempenho, dando atenção ao que
ele mesmo gosta, curtindo o momento e a mulher, sem pressão. Uma mulher não é
para ser enfrentada. Entendendo isso, o sexo do homem saudável vai melhorar sem
precisar de um empurrãozinho”, termina.
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