FONTE: Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
Testes com uma vacina
experimental contra o ebola começaram a ser feitos esta semana em voluntários
no centro clínico do National Institutes of Health, em Maryland, nos Estados
Unidos.
Pelo menos 20 adultos
saudáveis, com idades entre 18 e 50 anos, divididos em dois grupos de dez
participantes, receberão uma única injeção da vacina durante essa semana.
A vacina é bivalente,
isto é, tem em sua composição fragmentos dos vírus ebola zaire e ebola sudão,
que, em vez de causarem a infecção por ebola, em tese, causariam uma resposta
imune ao indivíduo que for toma-la.
Saiba mais sobre
ebola.
A doença é causada
pelo vírus ebola e pode levar a morte até 90% dos doentes. Tem sintomas como
febre, vômito, diarreia e hemorragia.
O ebola é
transmitido pelo contato direto com sangue e fluídos corporais (suor, urina,
fezes e sêmen) de pessoas contaminadas e de tecidos de animais infectados.
- Quais países têm mais casos
de ebola?
Guiné, Libéria e
Serra Leoa vivem surtos de ebola, e há casos na Nigéria. EUA e Espanha levaram
compatriotas infectados para tratamento em seus países.
- O ebola pode chegar ao
Brasil?
Uma pessoa
infectada pode entrar no país, mas só poderá infectar alguém quando estiver com
os sintomas; dado isso deve ser levada a um hospital onde será isolada.
Não. Existem apenas
remédios e vacinas experimentais sendo testadas no Canadá e nos Estados Unidos.
O tratamento consiste em amenizar os sintomas.
É a disseminação do ebola zaire
responsável pela epidemia de ebola que acomete Serra Leoa, Guiné, Libéria,
Nigéria e Senegal. O surto já deixou mais de 3.000 infectados e mais de 1.500
mortos de fevereiro a setembro, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
A vacina passa pela fase um de
ensaios clínicos, em um total de três até que chegue a população. Nessa etapa,
as doses são testadas apenas em um pequeno grupo de pessoas para avaliar sua
segurança e a resposta imune que provoca.
Segundo o NIH, com sede em Bethesda,
não há risco dos voluntários contraírem ebola ao tomarem a vacina.
"Há necessidade urgente de uma
vacina protetora do ebola, e é importante estabelecer que ela seja segura e
estimule o sistema imunológico a reagir de uma forma necessária para proteger
contra a infecção", disse Anthony S. Fauci, diretor do NIH.
A criação da vacina foi feita pelo
NIH junto com o Instituto de Pesquisa Médica do Exército dos EUA e da empresa
de biotecnologia suíça-italiana Okairos, adquirida pela GSK em 2013.
A mesma vacina será testada em
voluntários no Reino Unido, na Gâmbia e no Mali, com ensaios de fase um
liderados por pesquisadores da Universidade Oxford.
Nenhum comentário:
Postar um comentário