FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Manter o coração saudável é uma tarefa que
exige uma dedicação vitalícia. Há estudos que mostram que o depósito de
gorduras nas artérias começa ainda na infância, o que anteciparia um infarto
caso a criança já não cresça tendo uma alimentação saudável.
Apesar de ser um órgão vital, o coração por
muitas vezes sofre em silêncio. Depois de anos de maltrato ele resolve mostrar
o quanto estava sofrendo, com um infarto ou coração dilatado, por
exemplo.
O cardiologista da Beneficência Portuguesa,
Américo Tângari Junior, explica quais são alguns dos principais problemas que
vão machucando o coração ao longo dos anos.
1) Genética - hoje os genes já são considerados responsáveis por muitos casos de doença. No caso do coração, não é diferente. O cardiologista recomenda que, caso existir alguém da família que tenha histórico em doenças do coração, procurar um médico para check-up regular é fundamental.
Alguns exames, como o
eletrocardiograma, ecocardiograma e teste ergométrico conseguem mensurar como
está a saúde cardíaca e até mesmo prevenir um evento
cardiovascular que pode ser fatal, como infarto.
2) Diabetes - estima-se que cerca de 10% da população brasileira seja
diabética. A doença é um dos fatores de risco cardiovascular, pois pode ajudar
a formar placas de gordura dentro dos vasos, resultando em um bloqueio que leva
ao infarto. Priorizar uma dieta saudável e tomar os medicamentos receitados
pelo médico ajuda a controlar a doença.
3) Hipertensão
Arterial - a pressão
alta é silenciosa, praticamente não dá sintomas. Com o tempo, lesa os rins e
faz com que o coração faça muito esforço para trabalhar, hipertrofiando-o e,
posteriormente, dilatando-o.
Aferir a pressão com frequência, controlar o
sódio e tomar os medicamentos prescritos por um cardiologista mantém a pressão
dentro do padrão. O cardiologista da Beneficência Portuguesa diz que, em alguns
casos de pressão alta, há palpitação, dor de cabeça, cansaço e tontura.
4) Tabagismo - quem fuma pode tirar alguns anos da própria vida por algo
que poderia ser perfeitamente evitável. O cigarro aumenta a chance de infarto,
sendo a principal causa por mortes evitáveis em todo o planeta.
Cerca de 20% dessas mortes acontecem por
eventos cardiovasculares. Além disso, os fumantes passivos também sofrem com
isso, podendo desenvolver doenças cardíacas somente pela inalação passiva da
fumaça.
5) Colesterol Alto - quando há muita gordura circulando no sangue, ela pode
começar a entupir as artérias, uma das causas principais da aterosclerose, que
leva ao infarto.
Ter uma dieta balanceada, sem
excesso de gorduras saturadas e zero de gorduras trans, ajuda o corpo a se
defender. Além disso, fazer atividade física ajuda a aumentar o colesterol bom,
que é responsável por
"faxinar" a gordura ruim do corpo.
6) Estresse - sabe-se hoje que os hormônios do estresse, a adrenalina e o
cortisol são responsáveis por, também silenciosamente, lesarem o corpo. Um dos
problemas que eles causam é aumentar a pressão arterial, o que acarreta
problemas cardíacos e renais.
Procurar atividades que relaxem e entender
mais sobre as próprias emoções para controlá-las melhor ajuda a reduzir o
estresse. Além disso, dormir bem é um fator importante para a redução do que
pode até mesmo ser chamado de mal do século.
7) Má alimentação - a base de um bom
funcionamento do organismo vem da comida. Alimentar-se saudavelmente, com um
cardápio que inclua frutas, verduras, legumes e grãos fornece o que o organismo
precisa para manter todas as funções em perfeita ordem. Excesso e consumo
frequente de muito sal, de frituras e de alimentos muito gordurosos não fazem
parte de uma dieta amiga do coração.
8) Sedentarismo - cada vez menos se faz exercícios físicos,
principalmente quem vive em grandes cidades. No entanto, a atividade física
pode reduzir colesterol, diminuir a pressão arterial, aumentar a capacidade
cardiorrespiratória, trazer bem-estar, reduzir o estresse etc.
Há inúmeras boas razões para se mexer mais.
Mas quem pensa em praticar esportes ou fazer academia tem de passar por um
cardiologista antes para avaliar a condição antes do esforço.
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