FONTE: CORREIO DA BAHIA ( ).
O limite atual, de cinco anos (60
prestações), foi ampliado. As taxas máximas de juros são de 2,14% ao mês.
Em
breve, os 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) poderão quitar os empréstimos consignados em até seis anos
(72 prestações).
O
limite atual, de cinco anos (60 prestações), foi ampliado por decisão do
Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), que se reuniu ontem. O CNPS é
formado por representantes do governo, empregados, empregadores e aposentados.
Para a
medida ser colocada em prática, o INSS regulamentará nos próximos dias a
decisão por meio de uma portaria. O conselho não alterou o percentual máximo
que um segurado do INSS pode comprometer do benefício (30%) com empréstimos.
Segundo
o Ministério da Previdência Social, mais de 90% das operações de consignado
atreladas aos benefícios do INSS foram definidas com número de parcelas entre
40 (3 anos e 4 meses) e 60 meses (5 anos). Para o órgão, esse é um indicativo
de que era preciso ampliar o prazo para quitar as dívidas.
Já o
presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), Carlos Andreu
Ortiz, criticou a decisão do conselho. “Eles não cansam de aprovar formas de
endividar cada vez mais os aposentados”, disse. Segundo ele, essa decisão
acabará por influenciar na contratação de empréstimos maiores, uma vez que o
prazo para quitar será maior.
Ortiz
vê com preocupação o comprometimento do benefício para o pagamento de
empréstimo, ainda mais quando o crédito é tomado por pressão de algum familiar
e não por necessidade do aposentado. O mercado de crédito consignado do INSS
supera os R$ 70 bilhões.
Esse
tipo de empréstimo é atrativo aos bancos por ter uma das inadimplências
(atrasos acima de 90 dias) mais baixas do sistema financeiro. Para os
aposentados e pensionistas do INSS, o crédito consignado é uma das formas de
empréstimo com menor taxa de juros do mercado. Segundo o ministério, as taxas
máximas são de 2,14% ao mês.
Nenhum comentário:
Postar um comentário