FONTE: Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
No sábado (27.09), foi comemorado o Dia
Nacional de Doação de Órgãos e o Instituto Nacional de
Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), no Rio de Janeiro,
comemorou a data antecipadamente.
A instituição anunciou na sexta-feira (26),
aumento de 53% no número de transplantes de ossos feitos de janeiro a agosto
deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Foram
feitas 17 captações, 21% a mais do que no ano anterior, que possibilitaram 292
cirurgias ortopédicas e odontológicas para correção de falhas ósseas
causadas por doenças ou fraturas, um total de 459 enxertos feitos nos estados do Rio de Janeiro, Paraná, de
Santa Catarina, Minas Gerais, do Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Distrito
Federal, Mato Grosso do Sul, de São Paulo e Goiás.
O ortopedista chefe do Banco de
Tecidos do Into, Rafael Prinz, lembra que o instituto é
oprincipal centro de captação de tecidos musculoesqueléticos do país,
fornecendo enxertos ósseos para 39 hospitais cadastrados no Sistema Nacional de Transplantes.
De acordo com ele, a instituição tem
conseguido atender os pedidos de todo o país.
“Nós recebemos solicitações de tecidos
musculoesqueléticos de todo o País, e atualmente, temos conseguido atender às
demandas que têm chegado de diversos estados da federação. É lógico que existem
alguns pedidos especiais, sob medida, então temos que fazer a captação e
pode demorar. Se o pedido for de algum produto que esteja dentro da rotina de
processamento do banco, ele é atendido de maneira
rápida”, disse.
Prinz explicou, que o aumento de
doação foi possível, graças ao trabalho conjunto
iniciado este ano pelas equipes de captação do Into, com as organizações de
Procura de Órgãos (OPOs) nos hospitais.
“Essa questão do estado do Rio de Janeiro ter
iniciado o trabalho com as OPOs e também, a reorganização das
comissões intra-hospitalares de tentar a avaliação dos doadores in loco nos
hospitais, favoreceu esta questão para conseguir que mais doadores fossem
identificados e convertidos em doações”, afirmou.
Cada doador de ossos pode beneficiar até 30
pessoas, já que são cirurgias que requerem apenas pequenos fragmentos. Assim
como em toda doação de órgãos, a pessoa deve conversar com a família sobre a
intenção de ser doadora, já que algum parente precisa autorizar a captação,
após a confirmação da morte cerebral.
Podem ser retirados o fêmur, a tíbia, o úmero,
parte do quadril, entre outros, que são substituídos por material
sintético para manter a forma e a aparência do doador.
Ao contrário do órgão que requer cirurgia
imediata, o tecido musculoesqueléticos não pode ser transplantado,
imediatamente, em outro paciente.
O material é captado no hospital, em uma
cirurgia, e é levado para o Banco de Tecidos, onde é processado e avaliado para
verificar se tem contaminação microbiológica ou algum outro problema.
Depois de ficar em quarentena, o tecido é
armazenado a temperatura de 80 graus negativos, podendo ser mantido por cinco
anos, nos casos de ossos, e dois anos, para o tendão.
O Into é responsável pelo Banco de Tecidos,
criado em 2002, e capta, processa e distribui ossos, tendões e meniscos.
Em setembro do ano passado, o Into também
começou a fazer captação de córneas e conseguiu, em um ano de trabalho, efetuar
149 avaliações no município do Rio de Janeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário